Política em Três Tempos- Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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Garçom vai até direção nacional do DEM para impedir Ted Wilson de apoiar Sobrinho 1 – O DEM e Sobrinho Se atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu, quando julho vier, no arco de alianças que está sendo montado para apoiar a reeleição do prefeito Roberto Sobrinho (PT), de Porto Velho, só não vão estar perfilados os partidos que os petistas refugarem. Pelo que consta, afora aqueles cujos dirigentes estão visceralmente ligados ao governador Ivo Cassol (sem partido), todos já andaram, senão encaminhando propostas ao PT, no mínimo fazendo sondagens por intermédio de conversas e consultas protagonizadas por interlocutores soturnos. É o que se pode concluir a julgar pelo que está se passando nos bastidores a pouco mais de três semanas para o início do período das convenções partidárias, Para ficar numa informação mais precisa, adiante-se que pelas ante-salas dos gabinetes mais políticos do Palácio Tancredo Neves só ainda não se teve notícia de emissários do PV e do PPS dos deputados federais Lindomar Garçom e Moreira Mendes, respectivamente, além do PTC e do PTB dos deputados estaduais Alexandre Brito e Valter Araújo, idem. No que diz respeito aos demais - desconsideradas obviamente as exceções que confirmam a regra e as siglas que não fazem qualquer diferença -, todos os partidos políticos com representações na Capital já andaram se insinuando por uma vaga no comboio em cujo comando estará o prefeito Sobrinho em busca da reeleição em outubro. Neste sentido, a novidade mais recente do pedaço diz respeito ao aporte do Democratas (DEM, ex-PFL) em um dos vagões da caravana aliada encarregada de escoltar o projeto reeleitoral do PT porto-velhense. Como resultado de uma planta de engenharia política desenhada pelo vereador Ted Wilson (DEM) e pelo presidente do Diretório Municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ruy Parra Motta, a legenda estaria sendo acomodada numa das coligações proporcionais de apoio a Roberto Sobrinho integrada ainda pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), pelo próprio PDT e, possivelmente, pelo Partido Social Cristão (PSC). 2 – TEMPO A coluna está em condições de assegurar que, no que depender de Ted Wilson, que é presidente do Diretório Municipal do seu partido na Capital, o apoio a Sobrinho é caso consumado, porquanto não é de agora que o vereador vem conversando com interlocutores vários do pré-candidato à reeleição. Mas não vai ser fácil registrar isso em cartório. Menos por uma eventual resistência que ao cogitado acordo a direção regional do DEM possa transformar arbitrariamente em veto, mas muito mais pela previsível reação de lideranças ligadas ao governador Ivo Cassol (sem partido) que já contavam com a sigla no cesto de apoio de um de dois projetos que pretendem disputar a prefeitura da Capital com as bênçãos do Palácio Presidente Vargas. Titular daquele que é considerado como o mais promissor desses projetos, o deputado federal Lindomar Garçom (PV) garante que o DEM porto-velhense estará entre os partidos que formarão, junto com quase uma dezena de siglas, o mais importante suporte da sua campanha rumo à sucessão de Sobrinho. Argumentando que o DEM é o partido marcado pelas diferenças históricas mais estridentes em relação ao PT, Garçom aposta que, se insistir nessa intenção, o vereador Ted Wilson pode acabar surpreendido por uma insurreição do próprio Diretório que preside, senão por inspiração do ex-governador e atual prefeito de Ji-Paraná, José Bianco (presidente regional da agremiação), com certeza por instigação do ex-deputado Silvernani Santos, ainda mais influente do que se desconfia na burocracia do partido e adversário figadal do PT em qualquer instância e circunstância. Outro que fará das tripas coração para tentar sabotar o acordo é o deputado Alexandre Brito (PTC), que já imaginava ter na parceria com o DEM a única forma de poder dizer mais do que o nome e o cargo a que pretende se eleger no programa eleitoral gratuito de rádio e TV. E como o tempo destinado ao PTC não dá para mais nada mesmo, aí o parlamentar vai ter que fazer do coração garganta e loquacidade. 3 – TEMPO E nem mesmo a experiência adquirida no comando do programa “Doutor Cidadão” (Rede TV, aos domingos) será capaz de evitar que o eleitorado termine por tomá-lo por uma cópia imberbe de outro doutor – o Enéas (que o Criador o tenha) do também finado Prona. E esse é o nó górdio da questão. Depois do PSDB e do PMDB, o DEM é o partido mais bem aquinhoado pela Justiça Eleitoral com tempo nos programas gratuitos de rádio e TV. Na hipótese de que o PT e o PDT consigam consolidar o acordo com o DEM, isto significará um grande e inesperado golpe nos flancos oposicionistas, conferindo aos petistas a primeira importante vitória nos embates que precedem a batalha principal. Não obstante o adiantado das negociações, Garçom está longe de se dar por vencido. Caso não obtenha o adjutório que espera de Bianco ou de Silvernani, diz que recorrerá à direção nacional da sigla, de onde aposta que não sairá de mãos abanando. Talvez tenha razão. Ocorre que, numa iniciativa para tentar se diferenciar do PSDB nestas eleições por conta dos sarrabulhos pré-eleitorais de São Paulo e Belo Horizonte, a Executiva Nacional do DEM aprovou, no começo de abril, uma resolução que proíbe coligações encabeçadas por candidatos a prefeitos do PT, nas eleições de outubro. Segundo dispõe o documento, nos acordos entre petistas e democratas a coligação somente será autorizada pelo DEM se o PT concordar em ficar com a candidatura de vice-prefeito. Ted Wilson e mais uns tantos vereadores do DEM país afora interessados em preservar seus mandatos à sombra de uma nesga que seja da aba do chapéu do poderoso Lula da Silva (atual recordista de aprovação), contrapõem argumentando que a resolução só vale para as coligações majoritárias. Seja como for, caso resulte malograda a aliança na base de Sobrinho, dificilmente o DEM de Porto Velho estará nos palanques de Garçom. Pelas contas de Ted Wilson, afora o acordo pretendido, sua melhor chance de se reeleger está numa coligação com o PTC de Alexandre Brito. A ver.
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