Acre é mais privilegiado em relação ao repasse de verbas públicas do que Rondônia
*A diferença entre o tratamento oferecido pelo Palácio do Planalto para os Estados administrados ou não pelo Partido dos Trabalhadores (PT) teve mais uma evidência revelada esta semana, quando a revista VEJA publicou quadro comparativo demonstrando que, entre Acre e Rondônia, a transferência de verbas para a segurança pública não seguiu nenhum critério racional desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
* O Fundo Nacional de Segurança Pública, que destina recursos para que os governos estaduais combatam a criminalidade, além de ter suas verbas anuais reduzidas de R$ 387 milhões em 2001 para R$ 112 milhões em 2005, reproduziu ao longo dos último quatro anos os privilégios endereçados ao Estado vizinho, que é administrado pelo governador Jorge Viana, com apoio de seu irmão, senador Tião Viana, líder do Governo no Congresso, e da senadora Marina Silva, ministra do Meio Ambiente – todos do PT.
*Para uma população de menos de 700.000 pessoas, foram enviadas para o Acre em 2005 verbas correspondentes à R$ 2.874,00 por habitante, destinadas à aquisição de viaturas, armamentos, munições e manutenção de de delegacias e estabelecimentos prisionais. Para Rondônia, o valor foi de exatos R$ 1.143,00 por habitante, ou seja, mais de 50% a menos. A população de Rondônia é estimada hoje em cerca de 1,6 milhão de pessoas, mais que o dobro do Estado do Acre.
* Quando a comparação é feita dividindo-se pelo número de policiais que compõem o efetivo das polícias civil e militar do Acre e de Rondônia o valor das transferências feitas pelo Ministério da Justiça, responsável pela gestão dos recursos deste fundo, o contratste torna-se ainda mais gritante: foram R$ 4.275,00 destinados, por policial, à Secretaria de Estado da Segurança Pública acreana, contra R$ 2.940,00 creditados a favor da Sesdec rondoniense.