LIBERADO: Justiça revoga prisão preventiva de DJ Willames em Manaus

No texto da decisão, Justiça afirma não ter provas suficientes para a prisão do DJ

LIBERADO: Justiça revoga prisão preventiva de DJ Willames em Manaus

Foto: Divulgação

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O DJ Willames que foi preso na última terça-feira (5), durante uma fiscalização de trânsito da Polícia Rodoviária Federal (PRF), após constatação de mandado de prisão em aberto, teve o alvará de soltura expedido pela Justiça de Manaus.
 
Willames foi preso de forma preventiva em um processo que investiga participação do músico em crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, cometidos em Manaus, em 2011.
 
No entanto, a defesa do artista conseguiu revogar a prisão preventiva, após apresentar provas suficientes para tal decisão.
 
“Em análise aos autos, verifico assistir razão ao Ministério Público, para decidir pela revogação da preventiva e aplicação de medida cautelares, por entender que o requerente levantou uma dúvida razoável acerca da real identidade da pessoa que foi condenada nestes autos”, diz um trecho da decisão. 
 
O texto segue ainda de forma veemente para a liberação do DJ. “Por todas as razões expostas, DEFIRO o pedido de liberdade provisória ao réu Willames José da Silva , sem fiança, com fundamento no art. 310, p.u do Código de Processo Penal Brasileiro, por considerar ser desnecessária a prisão preventiva do mesmo”.
 
Segundo a defesa, o alvará de soltura já foi expedido, no entanto, uma instabilidade no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está causando entrave na liberação de Willames. O DJ só pode ser liberado quando o sistema atestar o alvará. A previsão é para o próximo domingo (10).
 
O caso 
 
Na última quarta-feira (6), um dia após a prisão do DJ, a família se manifestou e disse que o músico foi preso injustamente. Eles afirmaram que outra pessoa se passou pelo artista, o que gerou a condenação.
 
Essa outra pessoa seria um irmão do DJ, chamado Lichard José da Silva, que morreu em 2019, possivelmente, assassinado, em Manaus.
 
Ao Rondoniaovivo, a defesa de Williames, feita pelo advogado Bruno Paiva, afirmou que Linchard foi preso em flagrante em 2011, em Manaus, com mais sete pessoas, acusados de um grande esquema criminoso de tráfico de drogas e associação ao tráfico. À época, a polícia teria aprendido mais de 70 quilos de maconha, cocaína e veículos do bando.
 
Na apresentação, segundo a defesa, Lichard teria se identificado como o DJ Willames e ficado preso por seis meses, quando conseguiu revogação da prisão por meio do recurso processual habeas corpus (HC).
 
Ainda segundo a defesa de Willames, o processo continuou rolando e, em 2019, transitou em julgado, que é a fase onde não há mais recursos e os acusados são condenados. Diante disso, antes mesmo da condenação, segundo o advogado Bruno Paiva, Lichard morreu, mas o mandado de prisão de Willames continuou em aberto.
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