Ex-deputado Nobel Moura está com mandado de prisão em aberto desde 2015
Foto: Divulgação
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O Tribunal de Justiça de Rondônia expediu mandado de prisão para Antônio Nobel Aires Moura, irmão do governador Confúcio Moura. Ele foi condenado a 7 anos de reclusão em regime semi-aberto por homicídio simples, ocorrido em 1995.
O mandado foi expedido em 30 de janeiro de 2015 pela juíza Kerley Regina Ferreira de Arruda Alcântara da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho.
O crime ao qual o mandado se refere é o assassinato do radialista Marinaldo Souza, de Machadinho do Oeste, executado a mando de Nóbel. O autor dos disparos contra o radialista, o policial militar conhecido como Paulo Bomba, morreu no Urso Branco, fulminado por um raio, quando jogava bola. Nobel chegou a ser condenado, mas fugiu, sendo preso em Goiânia.
Após algum tempo preso e alguns recursos, conseguiu sair e devido a falta de novas evidências já deveria estar cumprindo pena.
O Crime
O radialista Marinaldo de Souza, que trabalhava em Machadinho do Oeste, foi executado a tiros na cabeça, na noite de 9 de fevereiro de 1995, em um varadouro transversal à estrada do Japonês, na zona rural de Porto Velho.
Conforme foi apurado pelo delegado Alberto Jaquier, na época titular da Delegacia de Homicídios, a execução do radialista foi encomendada pelo ex-deputado federal Nobel Moura, que mais tarde foi condenado pela Vara do Tribunal do Júri. Os executores foram descobertos e condenados.
Suely Bittencourt Bezerra da Silva foi sentenciada a 19 anos de reclusão, Shirley Rejane Macedo Ribeiro a 12 e Paulo Mitoso de Lima, o Paulo Bomba, a 19. Em 1998, Paulo Mitoso morreu atingido por um raio quando jogava bola no pátio do Presídio Ênio Pinheiro. Shirley que colaborou com a Justiça já está em liberdade.
Um quinto acusado, conhecido por Fernando, que foi convidado a participar da execução foi morto dias depois de Marinaldo, no bairro Embratel, numa ação típica de queima-de-arquivo, segundo a Polícia.
Em 13 de abril do ano passado, Nóbel Moura se envolveu em uma confusão de trânsito com um policial militar durante uma blitz, mas parece que o PM não se deu ao trabalho de olhar se havia mandados de prisão em aberto. Na ocasião, Nóbel ainda está uniformizado (havia saído do hospital), logo nas primeiras horas do dia , afirmou que “entubaria um dos policiais pelo esôfago” que o havia parado em uma blitz.
Ele ainda disse se considerar “superior” porque “ganha salário de R$ 40 mil” e por isso merece respeito. Também disse que seu trabalho “salva vidas” enquanto que o da PM é “atrapalhar vidas”.
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