A vontade do povo é soberana – Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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A campanha eleitoral acabou, pelo menos para os candidatos a deputados estaduais, federais e senadores. Nos dias que antecederam os pleitos, aqui e alhures, os ânimos se acirraram, sobretudo quando alguns postulantes perceberam as mudanças operadas no decorrer de encontros, reuniões e programas de rádio e televisão.
 
Sempre foi assim e sempre será. A euforia inicial foi sendo substituída por certa dose de insegurança, à medida que avançava a mobilização do eleitorado. O que antes parecia vitória certa, indiscutível, acabou em pesadelo.
 
E não poderia ser diferente, dada as características que qualquer embate em que valores pessoais e preferências nem sempre explicáveis à luz da lógica acontecem.
 
Expressão mais alta da vontade de um povo, as eleições não bastam para caracterizar como democrática determinada sociedade. Sem elas, no entanto, impossível sequer falar em democracia. Daí que a população precisa acompanhar o desempenho dos candidatos a presidente da República (Dilma e Serra) e governador (Confúcio e Cahulla).
 
Essa é uma das fontes de informação que lhe permitirá discernir entre aqueles que evidenciam real compromisso com padrões aceitáveis de exercício político, contrapondo-os aos que apenas buscam servir-se da política para a satisfação de privilégios imorais, que em nada se coadunam com as legitimas aspirações sociais.
 
Entretanto, por mais que se tente desmentir o amadurecimento de expressiva parcela do eleitorado rondoniense, há fatos indesmentíveis. Não bastasse o fato de que a eleição ofereceu altos índices de renovação, principalmente na Assembléia Legislativa de Rondônia, gratifica-nos saber que, pouco a pouco, o engodo e a mistificação vão sendo sepultados.
 
Ainda não é de falar-se na eliminação de determinados procedimentos. Mas se há de considerar que, não obstante o baixo grau de informação cuidadosamente cultivado, os eleitores têm revelado sabedoria que ao mesmo tempo decepciona e assusta certo tipo de políticos.
 
Com ou sem os políticos, a sociedade tem sabido cumprir seu papel. Pena que das classes dirigentes não vêm os exemplos mais dignificantes e educativos.
 
Mesmo assim, e malgrado o bombardeio de mensagens destituídas de qualquer conteúdo ou preocupação ética, eleição após eleição, vem o eleitor alcançando novos e superiores patamares de compreensão e sensibilidade.
 
Na eleição de três de outubro, o eleitor mostrou que é dono de seu próprio destino e que a vontade do povo é soberana e, por isso mesmo, precisa ser respeitada. Erra, pois, quem insiste em alimentar a veleidade de tangenciá-la.
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