Advogada presa afirma que rinha de galo é de procurador do Estado

Enquanto as brigas ocorrem, os presentes se divertem, promovendo algazarras, torcendo por determinado animal. >>>

Advogada presa afirma que rinha de galo é de procurador do Estado

Foto: Divulgação

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Porto Velho - Após denúncia anônima, policiais militares ambientais localizaram uma rinha de galos, na tarde de sábado, na rua Panamá, nº 2525, no bairro Agenor de Carvalho, em Porto Velho. No local foram apreendidos 115 galos, alguns machucados e dois mortos, 01 chocadeira elétrica com termostato e marcador de temperatura, contendo 54 ovos ainda na temperatura necessária para a reprodução, uma balança de precisão de 15 quilos, relógio para marcação de tempo de briga, caixas de transporte, capuz para os animais, esporas de ferro, 33 gaiolas, além de troféus, pintos, galinhas, caderno de apostas e outros materiais utilizados nas rinhas. A arena em alvenaria construída no local, revestida com lonas plásticas, evidencia que as apostas e brigas entre os galos vinha acontecendo há muitos anos, prática que é proibida por lei federal. A rinha foi desmantelada pela guarnição da Polícia Militar Ambiental, no ato em que atendia uma denúncia de queimadas, sendo informados que o local reunia milhares de pessoas. Os responsáveis irão receber uma multa administrativa no valor de R$ 31.200,00, de acordo com a Lei 9.605 dos crimes ambientais. Ao chegar ao local, os policiais constataram a veracidade da denúncia e começaram a recolher os animais e objetos. Em seguida, foram surpreendidos pelo nervosismo da advogada Ivonete Cordeiro Terramoto, que passou a ofender os policiais, gritando que o local pertencia a um procurador geral do Estado, conhecido como Wilson Terramoto. “Vocês vão se arrepender, esse local é freqüentado por autoridades importantes do Estado, incluindo advogados, policiais civis e até delegados”, gritava a mulher, que saiu voltando com a amiga e advogada Maria Rejane Sampaio dos Santos Marques, se identificando como procuradora do Estado, solicitando explicações para o fato. O sargento Paulo Figueiredo começou a falar e novamente Ivonete começou a lhe atacar com palavras, o que foi dado voz de prisão, na frente de várias testemunhas, inclusive alguns membros da imprensa, por desacato a autoridade, resistência e desrespeito. Demonstrando sua ira, Ivonete passou a agredir fisicamente os policiais, lesionando inclusive os braços do sargento Figueiredo, que foi encaminhado para exame de corpo delito. De acordo com o major Josenildo Jacinto do Nascimento, comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, nas rinhas, os galos são preparados para a briga, recebem esporas e bicos artificiais e são estimulados a se atacarem mutuamente, até que uma das aves morra ou que seu proprietário desista da luta e perca as apostas que havia feito. Enquanto as brigas ocorrem, os presentes se divertem, promovendo algazarras, torcendo por determinado animal. Crime Ambiental A conduta ilegal dos envolvidos está prevista no artigo 32 da legislação ambiental, que prevê pena de detenção de três meses a um ano, podendo ser aumentada, caso haja morte do animal. Os animais foram encaminhados para o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, onde ficarão até pronunciamento da Justiça, haja vista ser crime caracterizado como maus tratos a animais. “O artigo condena o ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, explica o major, ressaltando que, dependendo da quantidade de pessoas envolvidas, também poderão responder por formação de quadrilha.
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