O indígena Jutaí Silva de Souza, 29, foi recolhido ontem (01) à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva decretado pela juíza Lana Leitão, da 1ª Vara Criminal. Ele é acusado do assassinato de seu cunhado, em 2004, e teve a prisão expedida após deixar de comparecer à sessão de Júri Popular na sexta-feira, 28, que julgaria seu caso.
O réu foi preso por agentes da Polinter (Polícia Interestadual) por volta das 6 horas em sua residência, no bairro Operário. Jutaí de Souza foi levado para a sede da Polinter e ainda pela manhã entregue no presídio após realizar exame de corpo delito no IML (Instituto de Medicina Legal).
Segundo o delegado Leonardo Barroncas, ainda na sexta-feira o mandado de prisão do indígena foi encaminhado para a Polinter, para que fosse dado cumprimento. “Hoje [ontem] ele foi descoberto na residência”, disse, acrescentando que após sua prisão, Jutaí contou que tinha conhecimento da data de seu julgamento, porém não compareceu porque estava trabalhando na mata na comunidade do Baruana, região do Município de Caracaraí.
Ele também se defendeu da acusação de ter matado o cunhado Orlando Tomé da Silva, com um tiro de espingarda calibre 32, ocorrido em 2004 na maloca do Manoá, região do Município de Bonfim. Contrariando a denúncia oferecida pelo promotor criminal, de homicídio qualificado por motivo fútil e por meio de emboscada, o preso afirmou que não teve intenção de matar o cunhado e que o tiro foi acidental. Jutaí alegou que estava limpando a espingarda quando ocorreu o tiro.
O caso foi investigado pela Polícia Civil. “A investigação concluiu que o crime foi de homicídio doloso, por isso ele acabou denunciado pelo MPE”, disse um dos policiais que atuou na sua prisão. Jutaí deve continuar preso até que seja marcada uma nova data para seu julgamento.