Para o Ministério Público de Rondônia, a condenação do traficante internacional Roque Cardoso de Oliveira a 103 anos de prisão em regime fechado por sete homicídios no município de São Felipe do Oeste (cinco consumados e duas tentativas) é resultado emblemático do esforço que as polícias e o próprio MP vêm empregando no combate ao crime no Estado.
“A condenação do mega traficante decorre das atuações da Polícia Civil, no que se refere à apuração dos homicídios, da Polícia Federal, em relação ao tráfico internacional, e do próprio Ministério Público, que atua no combate a esses crimes, os quais estão entre os que mais ameaçam à pacificação social na atualidade”, disse o Promotor de Justiça Marcus Alexandre de Oliveira Rodrigues, responsável pela acusação no julgamento, realizado na última terça-feira, em Pimenta Bueno.
O integrante do Ministério Público explica que o Conselho de Sentença acatou em 100% as teses defendidas pelo MP. Os jurados reconheceram a materialidade (de fato houve o crime) e a autoria (por parte do réu) relativas a todas as vítimas. Também foi rejeitada a tese de absolvição. Os cinco homicídios consumados e as duas tentativas foram praticados em razão de dívida de uma das vítimas com o réu, decorrente do tráfico de drogas.
A sessão de julgamento movimentou a cidade de Pimenta Bueno. O crime ocorrido na cidade vizinha, São Felipe, chocou a população da região pela brutalidade das mortes. Após o crime Roque Cardoso fugiu para o Rio de Janeiro e posteriormente para a Bolívia, onde teria voltado a chefiar carregamentos de droga para o Brasil. Procurado pela polícia brasileira, o réu foi preso na Bolívia, extraditado ao Brasil e está preso no presídio federal de Porto Velho.