RIO PARDO - Moradores aguardam Eletrobrás cumprir promessa
Foto: Divulgação
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Moradores do distrito de Rio Pardo - pertencente a Porto Velho e distante cerca de 170 km da Capital - clamam para que a Eletrobrás Rondônia conclua a obra de expansão da rede de energia elétrica que atenderá a localidade. A empresa contratada pela Eletrobrás chegou a iniciar os trabalhos de posteamento, mas abandonou os serviços faltando aproximadamente 40 km até o distrito.
Diante das ameaças de protestos por parte de moradores de Rio Pardo a Eletrobrás Rondônia se comprometeu em concluir a expansão da rede elétrica. A empresa deve retomar os trabalhos num prazo de 20 dias, conforme prometido pela Eletrobrás a um grupo de moradores de Rio Pardo. Os engenheiros José Clebson e Daniel Rocha, da gerência do Programa Luz para Todos, representaram a Eletrobrás na reunião. A reportagem tentou contato com os engenheiros, mas, por telefone, eles disseram que o assunto deveria ser trato com a presidência da empresa.
Revoltados com a paralisação dos serviços, os moradores ameaçam até acampar na frente da Eletrobrás, em Porto Velho. Hoje, a comunidade de Rio Pardo, com cerca de 120 famílias, depende da energia de um gerador, adaptado de um motor de caminhão. Em funcionamento normal o motor fica ligado das 8h30 às 12 horas e das 18h às 22 horas.
Residências pagam entre R$ 100,00 e R$ 200,00 por mês. Comércios chegam a pagar até R$ 800,00 mensais. Os moradores consideram o valor alto. Todo o dinheiro arrecadado é utilizado para a compra de combustível para o funcionamento do gerador e também para a manutenção do equipamento.
O posteamento e toda a rede elétrica existente em Rio Pardo foram instalados pela própria comunidade, em mutirões de serviço. A ideia surgiu há três anos e os moradores abraçaram a causa porque não têm alternativa. O distrito tem duas escolas, as quais não têm sequer ventilador.
Rio Pardo começou a se formar em 1999. Pouco mais de 15 anos depois, os moradores têm a certeza de que o desenvolvimento da região e a melhoria da qualidade da população chegarão junto com a rede de energia elétrica prometida pela Eletrobrás Rondônia.
Moradores sonham com a chegada da energia elétrica
A história do sitiante Vagner Fortes e da esposa Lucimar retrata o sofrimento da população de Rio Pardo. O casal foi morar no distrito com o sonho de uma vida
melhor para os cinco filhos. Disse que soube que as terras eram boas e que a rede de energia elétrica estava chegando. No entanto, a empresa apenas deu início aos trabalhos.
“A energia elétrica é primeiro passo para a melhoria de vida da nossa comunidade. No entanto, o que temos é um gerador e pagamos caro por isso. Já ficamos três meses sem energia por causa de problemas no gerador. É comum ficarmos dois dias sem energia. Tudo é muito difícil”, lamenta Vagner Fortes. A esposa, Lucimar, reclama da quantidade de mosquitos e da falta de benefícios como uma casa lotérica ou um banco postal.
Sebastião da Cruz Prates, 80 anos, é proprietário de um sítio na Linha Doizinha. Ele não tem energia em sua propriedade. Ele afirma que seu maior sonho é a chegada da rede elétrica ao distrito. O senhor Dimas de Souza Teixeira mora na linha Rio Branco, no km-1. Ele tem seu próprio gerador de energia, mas sonha com a rede elétrica da Eletrobrás para fazer um poço artesiano e trabalhar com a plantação de hortaliças.
Cirlene Silva Fameli tem um comércio e lamenta que não pode vender carnes ou verduras, porque tudo estraga facilmente. Ela diz que os moradores já não mais acreditam nas promessas de representantes da Eletrobrás Rondônia.
O agricultor João de Souza Filho, morador da Linha Doizinha, há oito anos. Ele sonha em montar uma ordenha, mas tudo depende a instalação da rede de energia elétrica. O agricultor comenta que muita gente migrou para Rio Pardo porque havia promessas de benefícios com a rede de energia, mas acabaram desistindo.
Dona Elicia Urbano da Silva é proprietária de um hotel e restaurante junto com o marido, Pedro Pereira da Silva, que participou a reunião com representantes da Eletrobrás Rondônia garantindo que a empresa iria retomar os trabalhos para a instalação da energia. Ela conta que as despesas com o gerador de energia chegam a R$ 3 mil por mês.
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