Alojamento da fazenda Água Viva é metralhada por Sem Terra

Alojamento da fazenda Água Viva é metralhada por Sem Terra

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Foto: Divulgação

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Menos de uma semana após os Sem Terra da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia – LCP ter deixado a fazenda Água Viva por ordem da Justiça a fazenda foi alvo na madrugada de ontem de um atentado. Uma rajada de tiros atingiu um dos alojamentos, porém no momento nenhum peão estava no local e se estivessem com certeza todos estariam mortos que os disparos atingiram o dormitório e todos os tiros dados na altura das camas.


Os disparos, segundo empregados da fazenda foram dados por membros da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia – LCP que estão acampados a poucos quilômetros de onde estavam acampados até no final da semana passada e foram retirados pela Polícia Militar que cumpriu o mandado de reintegração de posse determinado pelo Juiz Cristiano Gomes Mazzini, da Comarca de Colorado do Oeste.


De acordo com informações obtidas na manhã de ontem com o advogado da fazenda Sandro Salonski que acompanhou um dos funcionários da fazenda que registraram uma ocorrência policial na sede do Município de Chupinguaia.


Segundo relatos do administrador da fazenda teria ouvido vários disparos de arma de fogo durante a noite e na manhã de ontem foi até um dos retiros e se deparou com o estrago.
De acordo com o empregado, foram efetuados 18 disparos de arma de fogo de grosso calibre, todos atingindo as instalações do retiro onde os peões usam para dormir.
Por enquanto a polícia não se pronunciou sobre o episódio e nem apontou quem seriam os atiradores, mas há evidências de que a ordem para atirar tenha partido dos líderes do Movimento dos Camponeses Pobres – LCP que apesar de terem deixado a área recentemente, estão acampados muito próximo, mas do lado de fora da propriedade e já anteciparam que podem voltar ocupar a área a qualquer momento.


Vale ressaltar que a LCP enquanto estava ocupando a área mandou pichar vários bens públicos com palavras de ordem pregando a revolução agrária e os tiros podem ter sido disparados para intimidar os donos da fazenda que conseguiram na Justiça a manutenção da posse da terra que os grileiros insistem em tomar à força.


Vale ressaltar que a decisão do magistrado baseou-se num laudo expedido pelo próprio Incra que considerou as terras produtíveis e impróprias para a reforma agrária.
Ontem mesmo o Comitê em Defesa da Revolução Agrária e dos Direitos dos Povos - Cebrasco, mandou distribuir uma nota dando uma versão contrária à dos fazendeiros.


A Cebrasco foi a mesma instituição que há alguns meses atrás distribuiu uma nota dando conta de uma chacina que teria ocorrido num município da região central do estado. Tudo não passou de um “blefo” que vários jornais repercutiram e a nota transcrita pelo jornalista Montezuma Cruz em vários sites durante todo o dia de ontem pode ter sido mais uma tentativa de confundir a opinião pública e principalmente a Justiça.


Diz a Nota:
Desde que foram despejadas do acampamento na Fazenda Santa Elina, no município de Corumbiara, na semana passada, famílias de camponeses remanescentes da chacina ocorrida em 1995 perderam o sossego. Elas vêm sendo acordadas por uma alvorada diferente do tradicional: uma saraivada de tiros de armas de grosso calibre contra o local onde guardaram os pertences após terem os barracos queimados durante o derradeiro despejo.

A denúncia foi feita hoje em Rondônia pelo Comitê em Defesa da Revolução Agrária e dos Direitos dos Povos (Cebraspo), que espera providências do Governo de Rondônia e do Ministério da Justiça. Segundo relato da entidade, cerca de 40 homens fortemente armados e encapuzados, constituindo um autêntico grupo paramilitar, vêm rondando sucessivamente o acampamento.

Suspeita-se de que soldados sem farda estejam a serviço dos fazendeiros, herdeiros de Antenor Duarte do Vale. Após o novo despejo, as famílias improvisaram um novo acampamento próximo à estrada, onde preparam comida e fazem cultos religiosos. "Nem isso os jagunços respeitam", lamenta o Cebraspo.

Segundo o Cebrasco no último sábado, por volta de nove horas, enquanto se preparava a celebração de uma missa por um padre de Corumbiara, os camponeses novamente foram surpreendidos por disparos. Foram cerca de duzentos, todos de armas de grosso calibre, eles relatam. Os despejados estão indignados com a situação vivida após o derradeiro despejo. Não são apenas os tiros que atordoam as famílias, mas a presença de viaturas policiais com homens encapuzados rondando o acampamento.


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Em outro trecho do texto publicado ontem o Comitê de Defesa das Vítimas de Santa Elina (Codevise) liderado por Elias Aquino que também coordena a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, a única que resistiu até a chaga da polícia na semana passada para deixar a fazenda denunciou um dos coordenadores do Movimento Agrário Popular – MAP, Sandro Barbosa que ele estaria vendendo lotes e desviando recursos das vítimas de santa Elina.
Sandro, tão logo foi citado pelo Oficial de Justiça da Comarca de Colorado do Oeste acerca da decisão do juiz que mandou desocupar a área, tratou logo de cumprir a decisão e assim como ele, todos as famílias ligadas ao MAO, Zigolândia e Cambará saíram da área assim como diversas famílias ligadas à própria LCP, permanecendo no local apenas Elias Aquino e outras 16 pessoas até a chegada da polícia.


Na nota emitida ontem a Codevise chama Sandro Barbosa de e serie ele o responsável por passar informações a jagunços, a respeito de lideranças do acampamento que deveriam ser eliminadas.
Por telefone, Sandro negou tudo e disse à reportagem da Folha que está em constante contato com as autoridades ligadas à Ouvidoria Agrária Nacional, do Ministério Público, do Incra e não teria por que temer.


Por outro lado os fazendeiros negam qualquer uso de jagunços ou pistoleiros como alegam na nota.
Segundo um dos advogados que representa os fazendeiros, os proprietários sempre buscaram na Justiça os seus direitos e vão continuar fazendo isso toda vez que a propriedade for ameaçada.
Ele citou o gigantesco trabalho feito pela Polícia Militar que com muita inteligência soube conduzir o processo de retirada dos invasores com toda diplomacia que o caso requer. Em nenhum momento foi usado de violência e nem é isso que os donos da fazenda querem. Para eles, a decisão final cabe à Justiça e isso será buscado até o último momento, solientou o advogado.

Fonte: Jornal Correio de Notícias/Folha de Rondônia

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