A mudança no comportamento do consumidor é apontada como uma das principais causas do fechamento de empresas
Foto: Rondoniaovivo/Solano Ferreira
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O comércio varejista tradicional enfrenta um cenário desafiador, em contraste com o crescimento das vendas online. Segundo o Ministério do Empreendedorismo (MEMP), o Brasil registrou o fechamento de 973.330 empresas nos quatro primeiros meses de 2025 — alta de 13,4% em relação ao mesmo período de 2024. Em média, 55 mil lojas encerram as atividades por mês no país. A mudança no comportamento do consumidor é uma das causas.
Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) indicam que o setor faturou R$ 185,7 bilhões recentemente, um crescimento de 9,5%. O número de consumidores online já ultrapassa 87 milhões. Já o varejo físico teve um crescimento modesto: 1,7% no ano e 2,5% nos últimos 12 meses, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.
Na região Norte, os impactos são ainda mais visíveis. Em 2024, 38,9% das empresas locais encerraram atividades. Em Rondônia, é comum encontrar lojas fechadas em galerias e centros comerciais.
Em Porto Velho, a We Love Gráfica é exemplo de negócio já nascido no ambiente digital e deu certo. Fundada em 2020, em plena pandemia, a empresa foi criada por dois sócios e conta com um funcionário. “As pessoas acostumaram a comprar pela internet pela praticidade e agilidade”, explica Sabrina, uma das sócias. Apesar de ter aberto uma loja física, os clientes continuam comprando pelo catálogo digital pela internet.
Para a contadora e especialista em gestão empresarial, Eliane Krupinski, muitos empreendedores resistem à adaptação. “Abrir uma loja já não garante sucesso. É preciso oferecer comodidade, opções online e preços competitivos”, afirma.
Estudos e levantamentos da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/Porto Velho) indicam que as compras realizadas pela internet, embora apresentem inúmeras vantagens, também acarretam impactos negativos relevantes, tanto para os consumidores quanto para o setor varejista. A expansão do comércio eletrônico intensifica a concorrência, muitas vezes em condições consideradas desiguais.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!