COLUNA SEMANAL: Léo Moraes e Sérgio Gonçalves deixam as diferenças de lado e recebem Lula em RO

Deputados federais protagonizaram a palhaçada do ano; Lula despeja investimentos no Estado; classe política rondoniense inventa desculpas para não recepcionar o presidente do Brasil

COLUNA SEMANAL: Léo Moraes e Sérgio Gonçalves deixam as diferenças de lado e recebem Lula em RO

Foto: Divulgação

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Mico do Ano

 

Que o Congresso Nacional, nos últimos anos tem sido palco de cenas, no mínimo, patéticas, isso até os candirus do rio Madeira sabem. Porém, deputados e senadores com esparadrapo na boca, acorrentados as cadeiras da mesa diretora no plenário da Câmara, fazendo dancinhas e impedindo que os demais parlamentares pudessem legislar as pautas que interessam ao povo brasileiro, foi o cúmulo do absurdo na última semana. O mico do ano, por enquanto! O bando da extrema direita bolsonarista estava reivindicando que os presidentes das casas legislativas pautassem a anistia geral e irrestrita para os condenados por tentativa de golpe de Estado, além, do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Apresentaram isso como ‘pacote da paz para pacificar o país’ e para garantir a liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Água fria

 

Os parlamentares chegaram a reunir assinaturas e protocolaram o pedido de impeachment do magistrado. Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deu um banho água fria na intenção dos revoltosos, ao afirmar que não pautará o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes “nem se todos os integrantes da Casa assinarem o requerimento”. Nos bastidores muitos do grupo chegaram a afirmar que foi feito um acordo com o presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para colocar o PL da Anistia na pauta na próxima semana como condição para encerrar o motim. Mas a fakenews durou pouco tempo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) admitiu que era mentira. "É triste, presidente, ver matéria jornalística tendenciosa que quer imputar a esse ou aquele grupo vitória ou derrota", disse o bolsonarista. E assim, encerrou-se mais um show de horrores da política nacional. Porém, sempre aparecem outros, é só esperarmos!

 

Chegando nos Grandes

 

E por falar em STF e bolsonarismo, a corte condenou um empresário que teria financiado ônibus até Brasília para que manifestantes participassem dos atos de vandalismo no 8 de janeiro de 2023. A pena de 17 anos de prisão, sendo 15 anos e seis meses em regime fechado, foi aplicada ao empresário da cidade paranaense de Londrina, Pedro Luís Kurunczi. A Procuradoria-Geral da República (PGR), informou que ele pagou pelo fretamento de quatro ônibus, que transportaram 153 pessoas, a um custo de R$ 59 mil. Segundo as investigações, o empresário teve “ativa contribuição” para a concretização dos atos, frequentando acampamentos de caráter golpista e agindo para viabilizar, financeiramente, a presença de centenas de pessoas na capital federal. Ele e a defesa negam a participação. Ao que parece, estão chegando aos peixes grandes que botaram a mão no bolso para garantir o funcionamento de acampamentos entre outros em frente aos quartéis do Exército. Em Rondônia, tem gente que deveria se preocupar com essa notícia...

 

Viralatismo

 

E o pacotaço do presidente Donald Trump contra o Brasil, entrou em vigor no último dia 06 de agosto, e acirrou os debates e a polarização nessas terras ‘descobertas’ por Cabral. De um lado, aquilo que o jornalista Nelson Rodrigues nominou como o "sentimento viralatismo", que se refere ao complexo de vira-lata, para descrever a inferioridade que alguns brasileiros sentem em relação a outros países, como se o Brasil e sua cultura fossem inerentemente inferiores. Esse sentimento está na crença de que o Brasil não é capaz de alcançar o sucesso ou relevância no cenário internacional. Na outra ponta estão aqueles que acham que o Brasil não deve aceitar as imposições norte-americanas e as chantagens contra nossa soberania e o Poder Judiciário. Mas falar de igual para igual. Essa segunda parece ser a opção do presidente Lula, que se recusou a ligar para Donald Trump, tirando como exemplo o que ele fez com os presidentes da Ucrânia, África do Sul e Canadá. Eles foram humilhados na frente das câmeras de televisões de todo o mundo. Ou seja, Trump é um homem que usa a imagem para impor as suas vontades e reforçar a ideia de que os norte-americanos é um povo superior ao restante do planeta. Mas o mundo mudou e tem provado que não é bem assim. ‘Made in China’ está aí para todos verem, usarem e serem parceiros!

 

Presidente

 

A visita do presidente Lula à Rondônia, na sexta-feira, no Teatro Palácio das Artes, foi para entrega de R$ 1,5 bilhão em investimentos federais, que serão aplicados em 75 obras era para ser celebrada com tapete vermelho na escada do avião. No entanto, a vinda dele ao Estado fez com que muitos políticos fugissem de Porto Velho como o conde Drácula corre da cruz. Da bancada federal, apenas o senador Confúcio Moura esteve presente ao lado do presidente. O restante inventou as mais diversas desculpas para não participar do evento. Dos deputados estaduais, a situação não foi diferente. A exceção foi a deputada Claúdia do PT, por razões óbvias. Já o governador Marcos Rocha conseguiu evitar que a tão esperada foto dele ao lado de Lula não fosse feita e não fez o papel de anfitrião, como é o protocolo nessas ocasiões. Isso ao contrário do governador acreano, Gladson Camelli, que recepcionou Lula, em Rio Branco, e agradeceu o pacote de obras recebido do Governo Federal. Aqui, essa tarefa foi passada para o vice, Sérgio Gonçalves, pessoa que o governador rompeu relações.

 

 

Políticos de RO

 

Mas no fundo, apesar dos pesares, o verdadeiro motivo dos políticos de Rondônia não recepcionarem Lula foi o medo de se indispor com os eleitores da bolha bolsonaristas que ainda existe no Estado e, além disso, as eleições de 2026 já estão batendo na nossa porta. O que se percebe é que a classe política local ainda coloca o lado pessoal acima dos interesses do povo. Afinal, R$ 1,5 bilhão em um pacote de obras para a melhoria da qualidade de vida dos rondonienses não deveria ser ignorada por ninguém. O eleitor sabe disso e deverá refletir, e muito, até outubro de 2026. Talvez, se Lula viesse à Rondônia e tivesse feito uma motociata sem entregar qualquer obra ou serviço, seria muito mais paparicado por todos os políticos rondonienses. Percebem, a falta de lógica?

 

Integração

 

Mas a passagem de Lula por Porto Velho teve um ar de integração regional, e a prova disso foi a presença do presidente boliviano Luis Arce. Foi uma forma de mostrar união entre os dois países, em especial, com a construção da ponte Brasil-Bolívia que favorecerá ambos, brasileiros e bolivianos. O vice-governador Sérgio Gonçalves cumpriu muito bem a missão de ser o anfitrião do presidente Lula em Rondônia. Pregou a união dos poderes em prol do desenvolvimento e deixar de lado as questões ideológicas. O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, recepcionou Lula e agradeceu o olhar para Rondônia, em especial, por proporcionar que a capital tenha um hospital universitário, fruto da parceria com a Universidade Federal de Rondônia. Apesar de não citarem o nome Lula, Léo Moraes e Sérgio Gonçalves sairam politicamente maiores do que quando entraram no Teatro Palácio da Artes, local da cerimônia.

 

 

Confúcio

 

Lula ao falar fez um balanço das ações do governo e mostrou que os investimentos do Governo Federal em Rondônia. Além, claro, de criticar Jair Bolsonaro e família, Donald Trump. Ele também analisou os ataques que o Brasil vem sofrendo por parte dos Estados Unidos, através do tarifaço. Lula elogiou o senador Confúcio Moura que, por mais que negue, tudo indica que em 2026 deverá concorrer ao Governo de Rondônia. Ao abrir mão da fala no final e passar para Confùcio Moura, Lula o colocou como voz do centro e da esquerda em nosso Estado para 2026.

 

Voto Silencioso

 

É bom considerar que pesquisa recente do DataFolha indica que 61% dos eleitores brasileiros declararam não votar em candidatos que defendem a anistia. Outros dados divulgados pelo Datafolha na sexta-feira (8) mostram que 39% dos eleitores brasileiros se dizem petistas e 37%, bolsonaristas. Ou seja, Rondônia pode seguir a tendência nacional trazendo surpresas no chamado voto silencioso.

 

Ninguém lembra

 

O nome é bonito: Vila Princesa. Mas é só o nome mesmo! Esse amontoado urbano fica localizado há cerca de 20 minutos do centro de Porto Velho. São 400 famílias, literalmente, esquecidas pelos poderes públicos. As condições de vida são difíceis. O local antes tinha um lixão que era a fonte de renda para muitas dessas famílias, mas ele foi extinto. Havia um auxílio da Prefeitura de Porto Velho para as famílias que viviam do lixão, mas terminou no final do ano passado.  Agora, o desemprego bate ponto na localidade. A maioria não tem formação profissional ou o nível de instrução é muito baixo, o que dificulta ainda mais o acesso ao mercado de trabalho. Paralelo a tudo isso, o dia-a-dia dos moradores é marcado no verão pela poeira, e no período das chuvas, pela lama. Não existe uma rua asfaltada e nada de saneamento básico. Acesso à água potável é um outro grande problema que a comunidade enfrenta, e que acomete os moradores com doenças de veiculação hídrica. Hoje, o que a comunidade pede para a atual gestão do prefeito Léo Moraes é que seja aberto um canal de diálogo e que se invista na coleta seletiva de lixo. Os moradores acreditam que essa é uma forma de garantir renda e melhorias na vida dos catadores locais. “Os políticos só lembram da gente na época de eleição, depois, somem”, disse um morador.  

 

 

Acabando

 

Esse é o último final de semana do Arraial Flor de Maracujá, no Parque dos Tanques, em Porto Velho. É uma tradição esse arraial e é um show de música, quadrilhas e gastronomias regionais. Vá, leve a família e aproveite!

 

Formandos da Católica

 

Uma cerimônia, na última sexta-feira(08), marcou a colação de grau dos novos bacharéis em Direito da Faculdade Católica de Rondônia. O vice-reitor, Pedro Hecktheuer, comandou a solenidade que foi marcada pela emoção de formandos e familiares. Um agradecimento especial por uma das bacharelas que agradeceu em nome de todos aos professores e servidores da instituição, o apoio recebido durante os anos de graduação. A coluna deseja sucesso a todos!

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