Rioterra está testando uso de drones para reflorestamentos na Amazônia
Foto: Divulgação
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A pulverização e dispersão de sementes em áreas agrícolas com a utilização de drones ou VANTs (veículos aéreos não tripulados) podem tornar as atividades de reflorestamento mais eficientes e melhorar o aproveitamento dos defensivos agrícolas no controle de espécies invasoras ou exóticas. A tecnologia torna o serviço mais ágil gerando economicidade e praticidade nos serviços no campo, diminui a necessidade de intervenção humana no trato com defensivos. Ela também permite acesso a áreas de difícil acesso, ampliando as possibilidades de restauração desse tipo de ambiente.
Com tantos pontos positivos, cresce a utilização desses aparelhos no espaço agrário. Na vanguarda da tecnologia, o Centro de Estudos Rioterra ofereceu treinamento para os colaboradores para o uso do drone agrícola T-40, equipamento com sistema inteligente para mapeamento rápido sobre pomares e terras agrícolas e planejamento de rotas que otimizam voos e melhoram a eficiência operacional.
O treinamento aconteceu em Porto Velho (RO), nos dias 8 e 9 de julho, com a participação da equipe da Rioterra composta por Dione Solidera, Milton Costa, Felipe Ulchoa, Carlos Roberto, Geilton Ataides e Lucimara Mereles. Com a instrução de pilotos de aeronaves remotamente pilotadas da Aero Tellus, uma empresa especializada em atividades de apoio à agricultura, o curso foi dividido em duas etapas, teoria e prática.
Após os conhecimentos teóricos, a equipe fez a etapa prática onde realizaram a entrega técnica dos materiais (drone, carregador, misturador da calda e outros equipamentos), práticas de bons usos do equipamento e aula prática, realizada no Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA), na comunidade Vila Nova de Teotônio, onde a Rioterra e parceiros está montando vitrines tecnológicas com modelos de recuperação de áreas degradadas.
O engenheiro florestal Carlos Roberto participou do treinamento e destacou vantagens que considera importantes nas ações de campo. “As aplicações de defensivos agrícolas realizadas por aeronaves apresentam uma grande vantagem, no que diz respeito a segurança dos profissionais que realizam a aplicação, uma vez que reduz o risco de contato com os produtos químicos, outros pontos positivos são a otimização na eliminação de gramíneas invasoras, que consequentemente evita a competição com as mudas plantadas para o reflorestamento, garantindo assim o sucesso das futuras árvores”, afirmou.
A presidente da Rioterra, Fabiana Barbosa Gomes disse que o curso e a aquisição de drone de pulverização vem de encontro às ações do CBCA para que os processos de restauração se tornem cada vez mais inovadores. “Buscamos meios para melhorar a diminuição de custos e também aumentar a eficiência dos nossos processos de restauração. O uso de drone vem para essa parte de inovar sempre para melhorar processos e diminuir custos”, destacou.
Fabiana também informou que a Rioterra iniciou testes para dispersar sementes em áreas a serem reflorestadas e que os resultados são animadores. “Em breve teremos mais uma técnica disponível à sociedade permitindo ampliar ainda mais os trabalhos de restauração uma vez que esse método permite acessar lugares com acesso extremamente restrito” concluiu Fabiana Gomes.
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