Senado aprova cassinos, bingo, jogo do bicho e muito mais

Nas últimas semanas, um marco bastante histórico no país acabou sendo aprovado no Senado: a aprovação de jogos de cassinos, bingo, jogo do bicho e afins em estabelecimentos físicos depois de mais de 20 anos de proibição.

A pergunta que fica então é: qual o impacto disso no país e para os cassinos?

O lado positivo

A votação no Senado foi de 14 a 12, um tanto acirrada. No entanto, não há como negar que a implementação e legalização desses jogos, inclusive como argumento do senador Irajá (PSD-TO), é que isso injetará bilhões na economia brasileira – principalmente na criação de diversos empregos diretos e indiretos.

Para os cassinos online, isso é um precedente muito bom, igualmente – pois a procura por eles e sua popularização tendem apenas a crescer, expandindo ainda mais seus negócios, uma vez que os estabelecimentos físicos deverão cumprir com algumas limitações, como estar presentes apenas em hotéis de alto padrão, por exemplo.

O lado negativo

Obviamente, muitos ainda têm suas dúvidas a respeito da liberação desses tipos de jogos, afinal, até então, eles eram proibidos em solo nacional. Algumas dessas preocupações envolvem o risco de lavagem de dinheiro, fraudes fiscais e o problema do vício em jogos.

De certa forma, claro, situações assim podem gerar uma série de desinformação e acabar manchando a imagem dos cassinos, mesmo aqueles que atuam dentro das leis e são regulamentados.

Por isso, é muito importante conscientizar a população para que essa medida não se torne nebulosa, e se aprovada por completo, não se transforme em algo que possa ser “errado” de se fazer. Enfatizando que tudo agora está previsto por lei.

A importância das regras

Por fim, a aprovação engloba uma série de regras que devem ser cumpridas. Cassinos, por exemplo, só podem existir em hotéis e demais estabelecimentos de alto padrão, ou em cruzeiros, mas limitados a um por estado (com exceção de São Paulo, que poderá ter até 3). Além disso, várias medidas estão previstas para evitar fraudes, lavagem de dinheiro e o problema de vício em jogos.

Claro que isso é importante, mas não deve impactar negativamente a maioria dos cassinos e jogos mais sérios. Isso porque esses estabelecimentos sempre enxergaram a necessidade de regulamentações fortes, afinal, todos eles precisam emitir essas licenças em órgãos regulamentadores ao redor do mundo.

O jogo responsável é outro ponto sempre abordado pelos cassinos e afins, então, focar na responsabilidade de combater o vício em jogos também não deve ser um problema.

Até pouco tempo atrás, a união de cassinos online tomou forma como uma maneira de se autorregular, uma vez que ainda não havia um parecer concreto sobre seu funcionamento em solo nacional, não depois da medida provisória criada em 2018.

Obviamente, os cassinos em si entendiam a importância dessa legislação e até exigiam que ela existisse, para que tudo fosse feito perante a lei. Desta forma, assim como as casas de apostas e cassinos virtuais receberam leis mais precisas, a ideia de liberar mais jogos e de maneira física se tornou cada vez mais próximas, embora as maiores redes também entendam a necessidade das normas a serem cumpridas. As limitações, no entanto, devem criar uma competição para a implementação em certas localizações.