Segundo pesquisa da UNIR, itens mais básicos elevaram preços em quase 7% somente em novembro
Foto: Blog do Gonzaga Patriota
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A cesta básica continua subindo bastante em Porto Velho. É o que aponta o resultado de mais um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Economia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Segundo o levantamento, nos últimos 12 meses houve um aumento nos preços de 15,3%. A cesta custa 15,7% a mais do que em novembro de 2021. Nos 11 meses do ano houve um aumento de 10,31% até agora.
Ainda de acordo com o levantamento, o valor da cesta básica em novembro ficou em R$ 584,33. Um forte aumento de 6,44% na comparação com o mês de outubro, quando custava R$ 548,96.
Lembrando que a UNIR analisa vários gêneros alimentícios que estão fora daquelas cestas prontas vendidas em supermercados e mercados da cidade.
Detalhes
Dos 12 produtos pesquisados, oito apresentaram aumento de preço em novembro quando comparados com outubro: tomate (22,15%), açúcar (14,73%), banana (8,83%), carne (8,43%), óleo (5,6%), farinha (4,24%), feijão (3,06%) e arroz (2,61%).
Por outro lado, apenas quatro tiveram queda no penúltimo mês do ano: manteiga (- 11,31%), pão (- 2,03%), leite (- 0,64 %) e café (- 0,09%).
“O tomate foi o grande vilão da cesta básica do mês de novembro. O aumento no preço é devido à queda na oferta com o fim da colheita da temporada de inverno. A banana já subiu mais de 40% nos últimos quatro meses e está custando mais de 52% do que no ano passado. A produção tem diminuído com a queda da área plantada, contribuindo para o aumento do preço”, detalha o professor da UNIR e coordenador da pesquisa, Jonas Cardoso.
Outro produto bastante abundante em Rondônia também está com preço alto: a carne bovina, segundo o professor da UNIR falou ao Rondoniaovivo.
“A carne que vinha com queda no preço em dois meses consecutivos, voltou a subir em novembro. Mesmo com o aumento pontual, o preço está mais baixo em torno de 6% em relação ao ano passado. Embora o Brasil tenha aumentado a exportação, a produção interna aumentou, contribuindo para a queda do preço no país”.
Carne bovina teve forte alta na capital, destaca UNIR - Foto: Unsplash
Para o coordenador da pesquisa da cesta básica, houve aumento na demanda de consumo, o que pode explicar a forte subida nos preços.
“No geral, a inflação dos alimentos medida pela cesta básica aponta alta maior do que em outros setores, como o de transportes. O aumento reflete a alta na demanda por alimentos, principalmente devido aos programas de auxílio do Governo Federal”, explica Jonas Cardoso.
Preço amargo
O peso no bolso fica ainda mais claro quando analisamos os reajustes dos valores dos alimentos entre novembro do ano passado com novembro deste ano.
A campeã disparada é um item bastante apreciado pelos rondonienses: a banana (+ 52,73%). Em segundo lugar, está o leite (+ 39%). E na terceira posição, o leite (+ 31,59%).
A lista do rombo no orçamento segue com farinha (29,55%), café (27,05%), tomate (23,08%), feijão (14,57%), manteiga (12,6%) e açúcar (9,9%).
O levantamento registrou apenas três produtos com pequena queda nos valores: carne (- 6,71%), arroz (- 4,57%) e óleo (- 3,72%).
A instituição apontou que os 12 principais produtos que compõem a cesta básica são pesquisados em diversos estabelecimentos comerciais de Porto Velho.
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