Os proprietários de embarcações de passeio que atuam no Porto do Cai N’Água, no Rio Madeira, em Porto Velho, foram visitados, na manhã da última segunda-feira(24), por uma equipe de fiscalização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Os fiscais decidiram fechar o porto, não permitindo que pessoas e cargas tenham acesso aos barcos que ficam ancorados no local. Porém, durante à tarde, do mesmo dia, o porto voltou a ser liberado.
Mas na última terça-ferira (25), o local voltou a ser interditado, proibindo, novamente, a circulação de pessoas e cargas. Essa decisão, segundo Marcos Barroso, que é o presidente da Associação dos Barcos de Turismo de Porto Velho, foi tomada pela própria administradora do Porto Cai N’Água, a Amazon Porto.
Marcos conta que a situação preocupa os barqueiros, já que, a clientela não vai até o porto, por não saber se os barcos estão fazendo os passeios. Isso tem prejudicado as famílias que vivem do turismo no rio Madeira, pois, ficam sem a única fonte de renda.
“A gente não pode fazer nada, estamos de mãos atadas. Somos 4 barcos da associação, aqui todo mundo tem família. São mais de 30 pessoas que trabalham aqui. Tem gente que trabalha nisso há mais de 30 anos. Somos as pessoas que trazem o turismo para o estado e estamos jogados as traças”, lamentou.
Marcos também explicou que o planejamento da administradora do porto, é fechar toda a parte que, hoje, dá acesso aos barcos. Se isso ocorrer, dificultará, inclusive, a circulação das pessoas que moram na região do Cai N´Água.
A reportagem do Rondoniavivo entrou em contato com a administradora do porto, a Amazon Porto, para saber qual será a alternativa dada pela empresa às famílias que vivem do turismo no local.
Um representante da empresa que não quis se identificar, confirmou a interdição do porto e afirmou que estão apenas seguindo as orientações de dois órgãos públicos.
“A abertura improvisada para as embarcações de turismo, infelizmente foi fechada sim. Já existia essa possibilidade de fechamento, antes mesmo dessas embarcações virem para a área do retroporto. Estamos seguindo, as normas de segurança do Corpo de Bombeiros, e as solicitações do DNIT. O porto deles é na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, porém, como sabemos está fechado há quase 5 anos", declarou.
Patrimônio Cultural
Ele cobra que algo seja feito pela população que utiliza o local. Ele observa que não é justo que muitas pessoas fiquem desamparadas tanto economicamente quanto para a locomoção.
"Os nossos governantes precisam encontrar alguma solução para essas famílias. Acrescento ainda que além delas, existem outras famílias que necessitam desse porto funcionando. Tanto proprietário de embarcações, comerciantes, estivadores, ribeirinhos e demais usuários em geral. Além, da população do município e demais localidades", afirmou.
Para o vereador Aleks Palitot uma das únicas soluções será brigar por tornar os passeios de barco de Porto Velho, patrimônio cultural do município.
“Eu vou fazer uma reunião na semana que vem, na comissão de turismo. Agendar o quanto antes, para transformar esse passeio em patrimônio cultural”, prometeu.