DESTRUIÇÃO: Ferros de pontes da EFMM estão sendo furtados, denunciam ativistas

Duas construções históricas estão sendo depenadas logo após o distrito de Jacy-Paraná

DESTRUIÇÃO: Ferros de pontes da EFMM estão sendo furtados, denunciam ativistas

Foto: Anderson Leno/Arquivo Pessoal

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A história da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), que completou 110 anos na semana passada, está sendo depenada aos poucos e para todos verem.

 

É o que denuncia a Associação Rondoniense de Preservação da EFMM, instituição independente, que não tem vinculação com ferroviários, ex-ferroviários ou nenhum órgão público, segundo o ativista e pesquisador do complexo histórico, Anderson Leno.

 

Ainda de acordo com ele, duas pontes ferroviárias que ficam nos quilômetros 143 e 162, da BR-364, após o distrito de Jacy-Paraná, são alvo de ação de criminosos que utilizam maçaricos para retirarem ferro das construções de maneira ilegal. Ou seja: furtando o material.

 

 

“Na ponte do km 162, que fica ao lado da BR-364, a base da ponte onde passavam os trilhos deveria ter ferros entrelaçados. Quase todos foram cortados. Já na ponte do Caiçara, km 143, todas as chapas de aço da base e várias treliças do meio foram cortadas. Teve tentativas de retirada das vigas laterais, que estão super danificadas”.

 

Anderson Leno destaca que “somos um grupo de entusiastas da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que há algum tempo faz buscas de locais abandonados pelo tempo. Estamos registrando inúmeros locais da antiga ferrovia. Neste fim de semana visitamos diversas localidades e vimos que as duas pontes têm inúmeros cortes de maçarico”.

 

 

E o ativista e pesquisador segue lamentando o esquecimento do patrimônio histórico tão importante para o surgimento de Rondônia e para a memória do país.

 

“Prezamos pela preservação do patrimônio histórico que envolve toda a Madeira-Mamoré. Sabemos que muitos nem ligam para isso. Até acham melhor que tudo seja cortado, mas como entusiastas e porquê não, ativistas, temos que denunciar para que os órgãos competentes, ao menos, protejam o que ainda resta da nossa história”.

 

E finaliza: “Vamos ver se com essa denúncia os órgãos competentes fiquem de olhos abertos e façam algo. É o mínimo para não deixar que isso aconteça. Só isso pode parar esse povo, pois vão ver que as pontes estão sendo vigiadas”.

 

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