DESPERDÍCIO: Obra do novo HR de Guajará-Mirim está parada há quatro anos

Na última quinta-feira (18), um incêndio assustou pessoas internadas no antigo HR, que está em situação precária

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Guajará-Mirim já poderia ter um hospital novo em pouco tempo, se as obras do novo HR da cidade estivessem sendo terminadas.
 
Mas, desde 2017 (ano de previsão da entrega), ou seja, há quatro anos, os trabalhos estão parados, mesmo com 85% do prédio concluído. 
 
Segundo informações divulgadas pelo Governo do Estado, ainda não há prazo para término do novo Hospital Regional e muito menos para seu funcionamento total.
 
A pedra fundamental foi lançada em 2013, ainda na gestão do ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB).  
 
 
Dinheiro 
 
No teto, o ar-condicionado central instalado há cinco anos é prova do desperdício do dinheiro do contribuinte. 
 
Ar-condicionado novo já está instalado há cinco anos e não há data para uso
 
Já foram “investidos” R$ 13 milhões até o momento. Mas serão necessários outros R$ 4 milhões para terminar a construção.
 
No papel, o Hospital Regional de Guajará-Mirim teria 84 leitos, divididos entre ala masculina e feminina, pediatria, obstetrícia, salas de cirurgia e de parto. E uma cozinha para atender funcionários e pacientes.
 
Enquanto hospitais sofrem até com falta de oxigênio, o HR que também terá pronto socorro, vai contar com uma usina para produzir até 100 m² de O².
 
Usina de oxigênio é deteriorada pelo tempo e nunca foi usada
 
 
Caos
 
Porém, a atual realidade dos moradores da “Pérola do Mamoré”, é de sustos, comentários e indignação nas redes sociais. 
 
Na quinta-feira (18), um pequeno incêndio em uma central de ar-condicionado do atual (e antigo) Hospital Regional de Guajará-Mirim, foi controlado pelos funcionários do local com uso de um extintor.
 
Pequeno incêndio foi controlado por funcionários do precário HR de Guajará-Mirim
 
Segundo informações obtidas pelo Rondoniaovivo, a antiga falta de manutenção na rede elétrica no local vem causando diversos sustos em quem está internado ou trabalha na unidade. 
 
Já não bastassem os profissionais da saúde trabalharem com pouco material e em uma estrutura que já não atende a atual demanda, agora tem que serem especialistas em incêndios. 
 
Fontes revelaram à redação que a cidade pode perder mais de 10 milhões de reais, que poderiam ser usados na manutenção e compra de materiais do novo Hospital Regional (se ele estivesse pronto). 
 
A 50 quilômetros dali, em Nova Mamoré, a Prefeitura já comprou três ambulâncias, uma reveladora digital de Raio-X e materiais para uso interno.
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