BALANÇO: Prefeito Hildon Chaves faz autoanálise da gestão durante a pandemia
Uma das principais falhas de sua administração teria sido o adiamento da licitação de água e esgoto, segundo ele, à pedido do então governador Confúcio Moura (MDB)
“Um dos principais erros foi ter atendido o pedido do então governador Confúcio Moura (MDB) e adiar a licitação da água e esgoto. Se tivesse dado continuidade, já teríamos o serviço em boa parte da cidade”.
Veja os melhores momentos da entrevista:
O prefeito fez críticas à tarifa de água cobrada pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). “Hoje, temos uma das maiores tarifas do país e poucas pessoas com acesso ao serviço. Sem contar que a empresa quebra todas as ruas que eu asfalto. Isso é um equívoco”.
Chaves comentou quais os principais desafios de comandar a cidade. “Temos a maior frota particular de transporte escolar. Sem contar os 7 mil quilômetros de estradas vicinais. Pra você entender a dificuldade, o Governo do Estado tem 11 mil quilômetros de vicinais”.
O chefe do Executivo de Porto Velho comparou os benefícios que o asfalto tem em relação às ruas de cascalho. “Eu tenho que encascalhar uma rua pelo menos duas vezes ao ano. Em quatro anos, ela gastou o mesmo valor de uma rua de asfalto. Gastamos na partida, mas temos uma durabilidade de 10 anos pelo menos”.
Hildon pontuou os problemas enfrentados pela Prefeitura durante a pandemia, incluindo a compra frustrada de vacinas. “Minha primeira tentativa de compra foi ainda em dezembro, quando o presidente Bolsonaro disse que não ia comprar a CoronaVac. Não consegui, mas conseguimos montar uma grande estrutura para atender a população. Mas, o mundo se curvou à essa pandemia”.
O prefeito da capital destacou o bom relacionamento que tem com todos os parlamentares, desde a esfera municipal até a federal. “Todos os parlamentares, especialmente os com base em Porto Velho, sempre enviam recursos para a cidade. Mas tenho um ótimo relacionamento com todos”.