PANDEMIA NA CAPITAL: Preços dos caixões devem aumentar devido ao grande número de mortes

“Os fabricantes estão relatando dificuldade na comprar de insumos para a fabricação de caixões", disse o diretor de uma funerária da capital

PANDEMIA NA CAPITAL: Preços dos caixões devem aumentar devido ao grande número de mortes

Foto: Reprodução/SIC TV | Cemitério Santo Antônio em Porto Velho

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Mesmo após terem sido vacinados, funcionários das funerárias de Porto Velho, estão vivendo momentos de terror. Todos os dias, transportando copos de pessoas que perderam a batalha para o coronavírus em meio ao caos em que o país vive, é algo desesperador, até para quem está acostumado a lidar com mortes.
 
O diretor Tiago Marques de uma grande funerária da capital rondoniense, conversou com o Rondoniaovivo e explicou o momento de terror.  Em média, são cinco enterros feitos por dia, apesar de parecer números, são vidas. 
 
“A média de março, está em 5 atendimentos por dia. Mas já chegamos a fazer 12 em um dia”, contabilizou o diretor.
 
Tiago ainda observou que o mês de março, vem se mostrando bem mais letal, com um aumento considerável na quantidade de funerais realizados pela empresa. “Em março (dia 15) já fizemos o mesmo número de atendimento que o mês todo de fevereiro”, disse.
 
Risco de colapso de caixões
 
Segundo o diretor, apesar do grande número de procura, ainda não se pode dizer que há risco de falta de urnas funerárias, conhecido popularmente como caixão. Mas ele informa que entre os empresários do setor já há sinais de alerta nesse sentido.
 
Os fabricantes estão relatando dificuldade na comprar de insumos para a fabricação de caixões. Por esse motivo os valores estão subindo a cada nova compra”, afirmou. 
 
Tiago diz que ainda não repassou o aumento à população, mas com a elevação no número de de mortes, está ficando, cada vez mais difícil, não repassar os valores aos clientes. “Ainda não repassamos esse aumento de mais de 30% para população, mas temos um limite para segurar. Esperamos que isso se normalize o quanto antes para não precisar repassar isso”, declarou.
 
Enterros no cimetério Santo Antônio em Porto Velho, Rondônia. Foto: Reprodução/SIC TV
 
Rondônia vive os piores momentos com relação a pandemia. São 3.415 óbitos registrados desde março do ano passado, quando começaram os primeiros casos de covid-19 no Estado.
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