APURAÇÃO
O Diretor Executivo do Hospital de Amor, Jean Negreiros, fez uma denúncia extremamente grave em relação ao Governo de Rondônia. Ele disse que dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estão parados no Hospital de Amor da Amazônia, porque o Governo não teria fechado contrato com a direção do hospital.
ABSURDO
Uma equipe médica estaria preparada para receber os pacientes com covid-19, desde às 7 da manhã da última segunda-feira (8).
MORTES
O assunto, no meu entendimento, é caso de polícia. Com o colapso na saúde de Rondônia, tem gente na fila de espera por UTI que não conseguiu resistir até à disponibilidade de um leito.
SEM PLANTÃO
De acordo com o Diretor Executivo do Hospital de Amor, Jean Negreiros, a assinatura do acordo é pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e não precisa ser de forma presencial.
APROVADO
Segundo Jean, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) realizou a visita técnica no local no último domingo (7) e aprovou os 10 novos leitos.
BUROCRACIA
A questão é que estaria faltando a análise jurídica, procedimento padrão na assinatura de qualquer contrato. Por causa disso o contrato não teria sido assinado.
JUÍZO
Se essa for mesmo a real situação, imagino que esteja aberta a possibilidade de crime de responsabilidade. É inadmissível que entraves burocráticos sejam prioridade.
LEVIANDADE
Outro absurdo é não haver um advogado de plantão na Procuradoria do Estado que pudesse analisar os itens do contrato e dar o deferimento para execução imediata.
CONTATO
Eu mandei mensagem em três números de celulares que seriam de Fernando Máximo, Secretário Estadual de Saúde. Todas as mensagens foram entregues e nenhuma respondida.
CONTATO 2
Não costumo fazer isso. Uso a via normal de comunicação, envio mensagem para a assessoria de imprensa que responde em nome de quem está na gestão.
CONTATO 3
Mas achei tão incrível esse desatino que preferi me certificar com o gestor da pasta para ter certeza de que a situação é essa mesmo. Não consegui resposta vinda do próprio Secretário.
CONTATO 4
Oficialmente, eis a explicação repassada pela assessoria de imprensa da Sesau: a Secretaria de Saúde de Rondônia, afirmou que realmente o contrato já estava em análise pelo departamento jurídico e que deveria ser assinado nas próximas horas.
SEGUE A NOTA
O governo estadual já tem um contrato assinado com o Hospital de Amor, com 12 leitos, o novo acordo fecharia em 22 camas para tratar pessoas com coronavírus.
EXPLICAÇÃO
Bom, pelo que se vê quem cuida disso na Sesau sabe somar. Dez mais 12 são 22. Ora, onde está relevância de que já há um contrato firmado. O que importa é a internação imediata de quem está agonizando na fila de espera.
ESCLARECIMENTO
Em governo formado por moluscos gastrópodes de repente pode ser possível conseguir observar alguma coisa positiva. Até porque o animal citado, embora feio e lerdo, serve para adubar a terra.
TEMPO
Estamos vivendo um momento de exceção, onde cada segundo que se perde pode significar uma ou muitas vidas. Nem mesmo o mais idiota dos asnos ( que me perdoem os mamíferos perissodáctilos) não conseguiria ficar sem perceber isso.
COVID-19
Sobre o assunto que teria sido burocratizado pelo governo, na última segunda-feira Rondônia bateu um recorde no número de mortes. Foram 66 vítimas do coronavírus em apenas um dia. 53 somente na capital. Ontem, morreram mais 32 pessoas, 08 em Porto Velho.
ASSINADO
Quando finalizei a edição da coluna, recebi uma Nota do Hospital do Amor dizendo que no início da noite de ontem o contrato foi assinado e os 10 novos leitos de UTI já foram inseridos no SISREG (Sistema de Regulação do Estado de Rondônia).
DÚVIDA
Na nota assinada pelo diretor Jean Negreiros me chamou atenção a informação de que “ uma inconformidade de informação no plano de trabalho apresentado pelo Hospital de Amor Amazônia, com novas informações, que foram detectadas no final da tarde de sexta-feira (05) e acrescidas no final de semana, resultou ( a concordância está errada, o certo é resultaram ) em uma nova tramitação por departamentos técnicos para o devido funcionamento dos novos leitos”.
INVERDADE
A responsabilidade que um médico tem não é maior nem menor que um jornalista, guardadas as devidas proporções e atribuições de ambos. Como que o diretor acusa a Sesau de omissão e lerdeza se o hospital ainda não estava apto a atender.
RESPONSABILIDADE
Não adianta fazer texto enorme, cheio de conversa mole, para tentar encobrir erro atribuído a outros. Entendo que o senhor Negreiros precisa esclarecer se houve excesso ao tentar arranhar a imagem da Sesau. Não quero dizer com isso que a atual Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia seja um exemplo de regência eficiente e capaz.
DOIS LADOS
Gestão eficiente ou incompetente não é problema meu. Opino contra ou a favor sempre que achar que isso seja justo, embora o atual governo me pareça anafado de equívocos. Agora, não posso compactuar com briga e egos e muito menos permitir usem à imprensa para tal.
BANAL
A imagem retratada nas fotos nem precisaria comentário, mas não tem como deixar passar em branco.
CENTRO
Essa imundice que se vê não é “privilégio” de uma comunidade pobre ou de quem mora distante da região central. Isso é no bairro Embratel.
INFRAESTRUTRA
O Embratel está localizado na zona Norte, embora tenha cara de região central. O local tem quase tudo. Supermercado, posto de combustível, farmácia, padaria, hospital, restaurante, lanchonete, borracharia entre outros serviços.
SUJEIRA
Embora o Embratel tenha esse perfil de bairro com excelentes opções, o seu cartão de visita é a porquice ocasionada pelo abandono do serviço público.
REGISTRO
Voltando a falar sobre as fotos, a imagem da vergonha foi registrada na esquina da rua Hebert de Azevedo com Miguel Chakian.
REGISTRO 2
Aliás, me perdoem os nobres leitores se ainda me atrevo a chamar de rua esse rastro de asfalto que segue em direção à avenida Abunã.
REGISTRO 3
A propósito; tem um punhado de manilha jogada na lateral da rua Hebert de Azevedo. Um morador disse que ano passado, antes da eleição, alguém apareceu por lá prometendo uma obra de primeiro mundo para o local.
OUTRO LADO
De acordo com a Semusb, a demanda nas ruas Hebert de Azevedo e Miguel Chakian já está na programação da secretaria, para ser atendida nos próximos dias.