O distrito de Extrema, a 300 km de Porto Velho, vive uma drama que atormenta não só a comunidade indígena, mas todos os moradores que precisam de socorro médico imediato.
A pandemia de coronavírus vem apavorando cada vez mais as pessoas que moram longe da capital e não tem recursos nem condições de buscar auxílio nos grandes centros. Desde sexta-feira, 12, o pavor tomou conta de indígenas da etnia Kaxarari.
Vários índios estariam com sintomas do novo coronavírus e não sabem onde pedir socorro. Há mais de uma semana os representantes dos Kaxararis já teriam solicitado leito de UTI, em Porto Velho, para atender pelo menos três indígenas que estão em estado grave.
Um deles é o índio mais velho da comunidade que já está há dois dias no oxigênio. A tribo não sabe o que fazer para aliviar o sofrimento dos infectados mais graves que contam apenas com medicação paliativa para se agarrar à vida.
O Secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo, informou que os leitos de UTI na capital estão com lotação máxima. Tem paciente na fila esperando por UTI. Fernando Máximo prometeu tentar providenciar a remoção do índio idoso ainda para este domingo.