SOFRIMENTO: Sindicato da construção civil encontra trabalhadores em péssimas condições na BR 364

Eles estão trabalhando para a empresa Embrace, que é uma terceirizada da Energisa, na construção de um linhão até Extrema

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Foto: Divulgação

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A Embrace Participações, terceirizada da Energisa, está sendo acusada de manter 140 trabalhadores em péssimas condições nos alojamentos da empresa, no distrito de Abunã. As obras são de construção de um linhão até a divisa com o Estado do Acre. O objetivo é substituir as usinas a óleo de pequenas localidades ao longo da BR 364, sentido Acre.

 

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero) é quem está denunciando a situação, após receber a informação através de trabalhadores que estão no local. Uma equipe do sindicato foi até o alojamento dos trabalhadores, onde constatou-se as péssimas condições de trabalho. Devido a essa situação, foi decretada greve e as obras estão paradas desde a última terça-feira(23).

 

Segundo o presidente do Sticcero, Raimundo Costa (Toco), a equipe do sindicato encontrou os trabalhadores dormindo em um local, sem ventilação, úmido, insalubre e sem qualquer tipo de higiene.

 

“Vimos que a empresa está colocando sete trabalhadores em um quarto que medem 2m por 2m. Todos amontoados, sem quaisquer condições. Os ventiladores que tem lá, foram os trabalhadores que trouxeram, pois a empresa não fornece. Além disso, todos estão expostos ao perigo de se contaminarem pela Covid-19, pois, estão todos aglomerados”, declarou.

 

O tesoureiro do sindicato, Francisco Ferreira (Pitbull), contou que desde o mês de junho, foram informados da situação e se deslocaram até o alojamento, onde confirmaram o descaso da Embrace com os empregados.

 

Na época, as condições eram ruins e havia cerca de 30 trabalhadores. O sindicato então, começou uma negociação com a empresa, mas sem obter uma resposta para essa situação.  Esse mês recebemos a denúncia novamente do aumento no número de pessoas nos alojamentos e constatamos o regime de quase escravidão que esses trabalhadores estão passando”, afirmou.

 

Com a constatação das péssimas condições, o sindicato está denunciando a situação nos órgãos da Justiça do Trabalho. “Já fomos no Ministério Público do Trabalho e expomos o que está se passando como esses trabalhadores. Inclusive, o advogado do sindicato já entrou com ação contra a Embrace. A empresa está ameaçando demitir todos os trabalhadores e trazer outros de fora de Rondônia. Lá, só falta o chicote para virar escravidão de vez”, observou.  

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