O profissional disse que por esse motivo irá pedir transferência para outra localidade e denuncia a falta de estrutura da unidade de saúde
Foto: Divulgação
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O enfermeiro Roneudo Soares, que trabalha da unidade municipal de saúde no distrito de Rio Pardo, localizado há aproximadamente 170 quilômetros de Porto Velho, divulgou um vídeo onde fala abertamente da atual realidade do serviço de saúde na região.
Ele afirma que em decorrência desses problemas chegou a ser ameaçado por um cidadão que buscava atendimento médico no local, que é de responsabilidade da Prefeitura da capital.
De acordo com o servidor público, na manhã desta última segunda-feira (20) ele foi ameaçado na porta de sua casa por um homem que estava acompanhando sua esposa na unidade de saúde de Rio Pardo.
“Eu só estou fazendo esse vídeo porque hoje de manhã eu e minha família recebemos a ameaça de um acompanhante que falou que se alguma coisa acontecesse com a esposa dele ou eu o ele teria de sair de Rio Pardo”, relatou o enfermeiro.
O servidor ainda fez questão de esclarecer os motivos que podem ter levado o homem a pensar que ele não estaria realizando seu trabalho. Roneudo culpa a falta de condições mínimas para atender a comunidade em forma de pronto atendimento 24 horas.
“Para que essa unidade seja de urgência e emergência, teríamos de ter no mínimo cinco enfermeiros. Hoje, tem apenas eu e um médico. Deveria ter cinco técnicos de enfermagem, e não tem; cinco médicos, mas tem apenas um; agente de portaria; segurança; uma equipe inteira que infelizmente não tem”, afirmou o enfermeiro.
Roneudo tem em seu contrato de trabalho o compromisso de 30h semanais, ou seja, meio expediente. Porém, de acordo com os moradores do distrito, por várias vezes ele é chamado em casa para atender a comunidade, e na maioria dessas oportunidades, fora de seu horário remuneratório.
Como essa não é a primeira vez que ele é ameaçado dessa forma, afirmou que vai solicitar a transferência para Porto Velho em um requerimento que será encaminhado às autoridades competentes. O caso deve ser analisado pelo executivo municipal.
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