Claramente uma medida de desespero, os Kaxararis esperam uma resposta positiva das autoridades públicas
Foto: Divulgação
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Isolados em uma área onde a mão do poder público passa longe, índios da etnia Kaxarari, originários da região da Ponta do Abunã, distrito de Porto Velho, estão impacientes com o não cumprimento de promessas de que beneficios como a contrução de uma estrada e instalação de energia elétrica na comunidade. Segundo as lideranças, eles querem trabalhar, porém precisam desses aportes para que a área se torne produtiva.
Cansados da morosidade, os indígenas decidiram partir para o confronto e o principal alvo de suas reivindicações se tornou o governador do estado de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), que de acordo com eles, prometeu que a estrada seria aberta além de garantir que a região seria amparada pelo estado.
Segundo Miguel Costa, líder da comunidade da Aldeia Nova, Confúcio, através de seus representantes do Departamento de Estradas e Rodagens – DER, vem prometendo a abertura da estrada há muito tempo, mas nada é feito.
“Hoje não temos nada de benefícios (...) senhor governador precisamos de sua ajuda, o senhor veio com o Geraldo do DER e prometeu que iria iniciar a estrada, mandaram vários documentos sobre a chegada da energia e o senhor não cumpriu (...) muitos falam que índio é preguiçoso, mas como vamos fazer para trabalhar dessa forma. Nunca demos prejuízo para o governo, mas agora vamos dar, caso não sejamos atendidos”, afirmou Miguel.
Integrante do conselho Kaxarari, o indígena Homérico Tabarrinha, afirmou que a comunidade participa do processo eleitoral, ou seja, na região Kaxarari, grande parte da comunidade acima dos 16 anos é detentora de título de eleitor, e durante as campanhas são iludidos com promessas em troca do voto.
“A comunidade fica esperando o governo ajudar, não tem estrada, não tem energia, a vida inteira nesse sofrimento, no dia da eleição é tanta gente pedindo voto da gente e só mentido. Desde que os portugueses vieram já estávamos aqui, então porque tanta mentira. (...) já estamos programados no dia 20 de julho se não chegar nada de notícia melhor vamos derrubar a torre de energia (...) o governador é rico ele pode, nós somos pobres”, concluiu Homérico.
Claramente uma medida de desespero, os Kaxararis esperam uma resposta positiva das autoridades públicas. O
Os principais prejudicados nesse conflito podem ser os moradores do Acre, já que a torre ameaçada de ser derrubada abastece praticamente todo o consumo de eletricidade no estado.
Atuando sob medida de contenção de gastos, a Polícia Rodoviária Federal já está acompanhado o desenrolar desse conflito.
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