Uma tristeza: os jornais impressos estão com seus dias contados! – Por Sérgio Pires

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“A prenda mais prendada de Sapucaia”! Foi no primeiro semestre de 1970, há 46 anos atrás, que esse ainda aprendiz  de jornalista publicou seu primeiro texto num jornal impresso. Foi no Caderno do Vale do Sinos, do jornal  Zero Hora, de Porto Alegre. Naquela época, o jornal Alto Madeira, de Porto Velho, já tinha 54 anos de circulação. No meio da selva Amazônica, numa pequena Capital do norte, que surgia no mapa do Brasil, por causa da corrida do ouro que começava, o Alto Madeira já era cinquentão. Nesse sábado, dia 15, o grande jornal da família Tourinho, que tem como maior símbolo o veterano e entre os mais respeitados rondonienses, Euro Tourinho, completará um século de circulação.  Quando o deputado Ribamar Araújo apresentou a proposta da homenagem ao jornal, na Assembleia, de certa forma homenageou a toda a imprensa, na medida em que o Alto Madeira é sim, um pedaço de todos nós, jornalistas. Torna-se ainda mais importante a data, porque o Alto Madeira é um dos poucos sobreviventes, ainda, do que já foi o mais poderoso meio de mídia do mundo. E que, infelizmente, derrubado pela modernidade, pela internet, pelos sites, pela TV, pelo rádio, que transmitem os eventos em tempo real, na hora e com custos muito menores, está com seus dias contados. Quem sobreviverá, entre os que ainda lutam na mídia impressa? Talvez os pequenos jornais de comunidade, os produtos localizados e segmentados. A grande mídia impressa está fadada ao desaparecimento, antes que o Alto Madeira chegue às suas próximas duas décadas.


Os jornais abocanharam a vida no Planeta quando ainda eram impressos a chumbo, em equipamentos gigantescos. Fazia-se milagre, para colocar enormes edições nas ruas, no auge da grande mídia impressa. Depois, com o surgimento do off set, as produções avançaram, possibilitando que milhões de exemplares fossem impressos em tempo recorde. Florestas inteiras foram derrubadas, para que, transformadas em papel, levassem a notícia aos lares de bilhões de habitantes desse Planeta. Até que a TV começou a informar ao vivo. Até que a internet apareceu. E o resto da história a gente já sabe. Para quem nasceu dentro de uma redação de jornal, ver o ocaso dessa importante mídia mundial, deixa um gosto de tristeza no coração. Mas é assim a humanidade. Nada dura para sempre. Com exceção do “seu” Euro Tourinho, ele também quase centenário e cada vez mais atuante. (Sérgio Pires)

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