Luz acaba na PF e impede interrogatório de vice-prefeito
Foto: Divulgação
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Um incidente inusitado impediu que o vice-prefeito de Vilhena, Jacier Dias (PSC), fosse ouvido na Polícia Federal, para onde ele foi levado após ser preso na manhã desta quarta-feira (2), faltou energia elétrica naquela região da cidade bem no momento do interrogatório.
Jacier foi levado para a Casa de Detenção de Vilhena, mas já anunciou que deseja falar. Ao contrario dele, o vereador Marcos Cabeludo (PHS), preso na mesma data e igualmente acusado de receber terrenos como propina para aprovar loteamentos na Câmara, avisou que só irá se pronunciar em juízo.
A equipe de reportagem ouviu, por telefone, uma pessoa próxima ao vice-prefeito, que revelou a versão dele para os dois terrenos que teriam sido passados para o seu nome através de contratos de compra e venda. Ambos os imóveis ficam no loteamento Jardim Acácia.
Dias admite ter comprado os dois lotes do vereador Carmozino Alves (PSDC), outro preso no esquema, mas não se lembra em que ano o negócio teria sido fechado, com o pagamento feito em dinheiro. “Ele não recorda se foi em 2009 ou 2010”.
Jacier diz que, após a compra (em torno de R$ 7 e 8 mil cada terreno) foi com o próprio Carmozino e falou com o dono do loteamento. Os contratos em nome de Jacier foram confeccionados, mas ele acabou vendendo as duas “datas”. Uma delas foi dada como parte de pagamento de um carro.
A transferência do outro terreno é mais complexa: Jacier teve que entregá-lo a um doador de sua campanha para deputado, porque o homem teria sido multado pela Justiça Eleitoral ao não declarar a doação. “O Jacier deixou o imóvel em nome desse doador, está pagando a multa em parcelas, mas receberá o terreno de volta quando quitar a dívida”.
O NEGOCIADOR
Outra fonte garante que, ao denunciar o achaque dos vereadores na Polícia Federal, o dono do loteamento admitiu ter entregue “sete ou oito terrenos” para a Câmara. A doação forçada teria sido intermediada por Wanderlei Graebin (PSC), que por ser advogado, foi transferido para o Centro de Correição da PM, em Porto Velho.
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