Municipalização da saúde indígena pode gerar protestos em Rondônia
Foto: Divulgação
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O cacique Ari Kaxarari, liderança indígena da tribo Kaxarari, localizada na Ponta do Abunã em Rondônia e presidente do Conselho Distrital do Alto Purus, se posicionou referente à polemica decisão do Governo Federal em municipalizar a saúde indígena.
A portaria de nº 1.907 foi emitida pelo Ministério da Saúde e destitui a SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena), da responsabilidade da gestão da saúde. A decisão gerou revolta em tribos que realizaram manifestações em diversos estados brasileiros.
Liderança presente nas lutas sociais da região e na defesa do resguardo da tradição, cultura e direitos indígenas nos estados de Rondônia e Acre, Ari Kaxarari, publicou um vídeo através da rede social Facebook onde afirma que os kaxararis não irão aceitar essa medida e podem realizar protestos no estado para alertar a situação sofrível da saúde indígena.
“Municipalizar a saúde indígena é um desrespeito, deixa a gente indignado, convocamos nossos parentes em todo o Brasil para travar essa luta que não é pacífica, é uma luta que nós não pedimos. Vamos fechar nossos distritos e o acesso às nossas cidades se preciso for”, disse Ari Kaxarari.
Saúde precária
Desde a emissão da portaria, a situação que já era complicada ficou pior para o tratamento de saúde dos índios em todo o Brasil. Na última semana, todas as atividades das unidades distritais de saúde indígena foram suspensas, compras de medicamentos e materiais clínicos ficara impossibilitados.
O fato gerou revolta da comunidade indígena que vem realizando atos nacionais exigindo a participação de suas lideranças nessas decisões de suma importância na vida das tribos.
O Ministério da Saúde anunciou em nota pública que que no dia 9 de novembro haverá uma reunião dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi) para discutir “melhorias da Saúde Indígena”, em Brasília.
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