Endividamento de Porto Velho continua aumentando
Foto: Divulgação
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Endividamento de Porto Velho é maior 6,4% que o nacional e se comporta de maneira diferente por conta das especificidades regionais
Elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia e pela CNC-Confederação Nacional do Comércio, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), de Porto Velho, para o mês de novembro revela que o endividamento das famílias de Porto Velho voltou a subir, novamente muito pouco (1,6%), porém, mantendo-se em alta pelo sexto mês seguido e num momento onde o país registrou recuo no número de famílias inadimplentes e endividadas em novembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que revela que de 62,1% em outubro para 61,0% em novembro, a segunda queda consecutiva. Tendências antagônicas também se verificaram entre o percentual de consumidores nacionais com dívidas ou contas em atraso que diminuiu de 23,1% em outubro para 22,7% em novembro, enquanto, em Porto Velho, houve uma leve subida de 19,5%, em outubro, para 19,6% em novembro. Também as das famílias que não terão condições de pagar suas contas, em Porto Velho, saíram de 6%, em setembro, para os atuais 7,8%, enquanto em nível nacional, nos dois meses, se manteve em 8%. De forma que o endividamento de Porto Velho é 6,4% maior que o nacional, todavia, apresenta menor grau de contas em atraso e de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas. Para o Departamento Econômico da Fecomércio Rondônia são fatores regionais, como maior otimismo e manutenção da renda e do emprego local, que explicam o comportamento diferenciado de Porto Velho mesmo tendo a economia afetada pelos problemas da economia nacional.
Endividamento e Inadimplência de Porto Velho
Síntese dos resultados Setembro/Outubro/Novembro 2015 (Em %)
|
Setembro |
Outubro |
Novembro |
Variação % Outubro/Novembro |
Total de Endividados |
63,0 |
63,9 |
64,9 |
1,6 |
Dívidas ou Contas em Atraso |
17,9 |
19,5 |
19,6 |
0,5 |
Não terão condições de pagar |
5,3 |
6,0 |
7,8 |
30,0 |
Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO.
O endividamento das famílias nos cartões de crédito, que é citado, normalmente, como principal fonte das dívidas, apresentou uma queda de 53,8% das famílias, em outubro, para 53,1% em novembro, mas, o endividamento com os carnês, que era de 38% em outubro, aumentou para 41,1%. Ainda se destacam como fontes de endividamento as dívidas com crédito consignado, que permanecem em12,8%, Crédito Pessoal (8%) e Financiamento de Veículos (5,3%). Já em relação ao nível de comprometimento das rendas das famílias, em novembro, verificou-se que a predominam as famílias com as rendas comprometidas (51,4%), até 3 meses (36,9%), seguido pelo comprometimento de mais de 1 ano (31,4%). As famílias que se dizem muito endividadas são 5,4%, mais ou menos endividadas (22,8%), todavia, caiu dos 37,6% de outubro para 36,7%, em novembro, os que se consideram pouco endividados e outros 35,1% não possuem dívidas. O tempo médio de comprometimento da renda caiu de 6,6 meses, em outubro, para 6,4 em novembro.
Os resultados fizeram com que o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araujo Coelho, considerasse que “Tendo em vista a situação de incerteza política e a conjuntura nacional negativa ( diminuição da atividade econômica, crédito difícil e caro e inflação em crescimento) os dados mostram que as famílias de Porto Velho estão mantendo suas contas em rédeas curtas e procurando formas de diminuir seu endividamento”. Este comportamento, segundo o Departamento Econômico da Fecomércio, a partir da análise dos dados econômicos, deve ser menos rígido no final do ano onde, é normal, que as despesas sejam maiores, daí, a previsão de que as vendas devem ser um pouco melhor do que o esperado mais com um aumento do endividamento nos primeiros meses do próximo ano.
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