O nível do Rio Madeira deve permanecer estável nos próximos dias de fevereiro.As chuvas que ocorrem no inverno amazônico de Rondônia devem reduzir, contribuindo para diminuir o nível do Rio. Os efeitos da redução de água devem ser sentidos em cerca de cinco dias, devido ao tempo necessário para escoamento pelos canais naturais ou rios da bacia.
A previsão, elaborado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), é baseada nos dados meteorológicos e hidrológicos produzidos pela instituição. As informações são aplicadas no modelo climatológico do Sipam, o Brams, que gera dados numéricos relacionados ao comportamento das chuvas nos próximos três dias. Os dados gerados são processados no modelo hidrológico de chuva e vazão possibilitando estimar a cota futura de inundação para um, cinco e dez dias.
Além das informações repassadas diariamente, o Sipam oferece apoio de infraestrutura física e tecnológica para montagem de sala de situação para gerenciamento da crise pela Defesa Civil. “Trabalhamos de forma conjunta para repassar com celeridade os dados à Defesa Civil, responsável por comunicar e alertar a sociedade sobre os fatos relacionados à inundação” disse o gerente do Centro Regional de Porto Velho (CR/PV)/Sipam, José Neumar.
O trabalho colaborativo reflete em ações benéficas para a sociedade. “A precisão e alto nível de qualidade dos dados do Sipam são fundamentais para o desenvolvimento de atividades e para definir a linha de atuação da Defesa Civil e órgãos parceiros”, afirma o coordenador estadual de Defesa Civil e comandante geral de Corpo de Bombeiro de Rondônia, Coronel Caetano.
Os municípios de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho e Rolim de Moura foram atingidos por inundações do Rio Madeira e o governo decretou situação de emergência nos quatro. Ações como a retirada rápida de famílias de locais de risco, abrigo em alojamento, distribuição de alimentos, água potável e medicamentos, e corte emergencial de energia elétrica foram medidas necessárias para contornar a crise gerada. “Atuar de forma preventiva e estabelecer as estratégias de atuação foram possíveis por que obtivemos informações com antecedência”, complementa o coronel Caetano.
O cenário da região deve permanecer estável no mês de fevereiro. Para o mês de março ainda é cedo para fazer afirmações. Apesar das reduções de chuvas e do nível do Rio Madeira nos próximos dias, março é um mês tradicionalmente de chuvas na Bacia do rio Madeira, esclareceu a coordenadora de Operações do CR/PV, Ana Cristina Strava. “Mas todas a informações serão repassadas com a maior brevidade para a Defesa Civil”, complementa Strava.