Por volta das 12 horas deste sábado, em uma parada localizada na Avenida Abunã, no Bairro Olaria, a jornalista, Juliana Martins pegou um ônibus da empresa Três Marias, que faz a Linha 4 de Janeiro via Guajará, e se surpreendeu com a postura do cobrador do coletivo.
O rapaz, inclusive reconhecido por ter tido a mesma atitude em circunstâncias anteriores, se negou a entregar o troco correto após a passageira passar na catraca do ônibus.
“Não é a primeira vez que ela faz isso, pelo menos comigo já repetiu essa cena umas quatro vezes. A passagem custa R$ 2,60 e eu lhe dei duas notas de dois reais. O certo seria ele me devolver R$ 1,40 mas me passou cinco centavos a menos. Ao lhe informar que faltava dinheiro ele arrogantemente me questionou se eu tinha dez centavos. Quando eu disse que não tinha ele respondeu: “Se você não tem por que eu tenho que ter?”. Imediatamente reconheci o cobrador pois era o mesmo que me fez passar pelo mesmo constrangimento em outras ocasiões. Respondi ao cobrador que essa era função dele, passar troco e que ele deveria ter moedas para assim fazê-lo e que se toda vez ele ficasse com cinco centavos de cada passageiro estaríamos pagando um valor acima do valor real da passagem”.
Mesmo diante do argumento, segundo a jornalista, o cobrador deu continuidade a discussão e se negou a entregar o troco. “Ele apenas me olhou com ar de superioridade e me disse que não tinha obrigação nenhuma de ter moedas, que a obrigação era minha, pois eu é que precisava pegar o ônibus, não ele. Contestei dizendo que a empresa deveria lhe passar uma quantidade de moedas para troco e ele apenas respondeu: “A empresa não me passa nada e não manda nada, quem manda aqui sou eu e eu não tenho cinco centavos. E agora nem se eu tivesse lhe passaria”. Fiquei extremamente indignada e ao tentar identificar o cobrador pelo crachá percebi que estava virado, então resolvi filmá-lo com meu celular para uma identificação futura junto a empresa”, explica Juliana.
Resolvida a tomar uma atitude e com a proximidade do local de descida, a passageira anotou o número do telefone anexado no interior do veículo onde a empresa sugere ligações para possíveis reclamações sobre a forma em que o motorista está dirigindo.
“Anotei o número, 3214-5151 e perguntei ao motorista, antes de descer, qual era o nome do cobrador. Muito educadamente ele apenas respondeu algo parecido com “França” ou “Franci”. Desci, anotei o número de identificação do ônibus, 207110, e ao chegar em casa liguei pro tal número. O rapaz que atendeu disse que era da portaria e que não tinha ninguém para anotar a denúncia. Eu ainda estou passada com tanta falta de respeito com o usuário e com a falta de profissionalismo do funcionário dessa empresa. Talvez para o cobrador R$ 0,05 centavos não seja dinheiro pra ele me devolver como troco, mas se faltar a mesma quantia para completar os R$ 2,60 ele não me deixa passar. De quem é a culpa afinal?”, questiona a passageira.
A reportagem tentou entrar em contato com a empresa mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.