PERIGO – Infiltrações, erosões e faixas condenadas colocam em risco estrutura de viaduto recém-entregue em Porto Velho - Fotos

Logo no inicio do viaduto é possível observar a falta de estrutura mínima para suportar o pesado fluxo de veículos que diariamente utilizam a via expressa. A terra compactada para suportar o viaduto se transformou em uma lama densa que se já atinge a rua

PERIGO – Infiltrações, erosões e faixas condenadas colocam em risco estrutura de viaduto recém-entregue em Porto Velho - Fotos

Foto: Divulgação

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Infiltrações e erosões podem levar o viaduto da avenida Jatuarana a desmoronar. Duas faixas das pistas já foram bloqueadas.
Uma obra que já nasceu condenada. Assim pode ser definida a situação dos viadutos localizados na área urbana da BR-364 em Porto Velho, capital do estado de Rondônia, entregues a população portovelhense após oito anos de administração do Partido dos Trabalhadores, gerido pelo empresário investigado pelo Ministério Público e Polícia Federal, Roberto Eduardo Sobrinho.
Uma série de fortes indicadores de uma possível tragédia que podem causar o desmoronamento do viaduto que passa por cima da avenida Jatuarana são facilmente encontrados em todas as áreas do local. Infiltramentos, erosões e sedimentação do terreno que sustentam a passagem do viaduto são os pontos mais preocupantes.
Logo no inicio do viaduto é possível observar a falta de estrutura mínima para suportar o pesado fluxo de veículos que diariamente utilizam a via expressa. A terra compactada para suportar o viaduto se transformou em uma lama densa que se já atinge a rua e deixa grandes espaços laterais sem nenhuma base de sustentação.
Inúmeros focos de infiltração foram encontrados na obra recém-entregue, motivo que vem levando à uma rápida sedimentação do terreno. Nas pistas do viaduto, as duas faixas da direita foram bloqueadas com manilhas para evitar o tráfego dos caminhões, tal medida foi tomada justamente por insegurança de que as áreas laterais do viaduto não suportassem o peso dos veículos.
A medida preventiva não vem surtindo efeito, uma vez que devido à fragilidade estrutural dos viadutos a erosão vem se tornando rápida e inevitável. Os quatros pilares de sustentação da parte do viaduto que passam em cima da avenida Jatuarana estão em situação assustadora. Emendas e muita água por dentro de sua estrutura mostram o claro risco de morte de quem trafega pelo local.
Marginais
Como se já não fosse bastante dramática a situação dos viadutos, pior ainda se encontram as marginais localizadas às suas laterais. Grande parte delas estão intrafegáveis, um
Marginais estão em situação caótica, empresários clama por ação do poder público.
grande prejuízos para as várias empresas estabelecidas na região.
No segundo semestre de 2012, empresários, funcionários e moradores da capital iniciaram um protesto denominado “Rua da Beira Pede Socorro”, porém nada foi resolvidas e as marginais dos viadutos do PAC continuam em situação deplorável.
Em várias regiões da Rua da Beira o lamaçal é tão intenso que até mesmo carros tracionados atolam no local. Porém, para o prefeito em exercício Emerson Castro, essas constatações não passam de pequenos erros dentro de uma administração que estava no rumo certo.
Afastado do cargo, Roberto Sobrinho, deixa de herança uma obra que desrespeita o contexto de lógica, trabalho e responsabilidade com o dinheiro do contribuinte. Vale lembrar que o secretário responsável pela construção dos viadutos, Israel Xavier (PT) está no presídio Pandinha, acusado de pertencer à uma quadrilha que dilapidava os cofres públicos do município durante vários anos de gestão do Partido dos Trabalhadores. Bando que segundo o Ministério Público do Estado de Rondônia, contava com a participação dos secretários municipais, Joelcimar Sampaio (PT) e Mirian Saldanã (PT), além da secretária adjunta de Israel Xavier, Silvana Cavol (PT).
Os viadutos
Inicialmente projetado para ser um cartão de entrada e a concretização de um sonho para toda a comunidade da capital rondoniense, os viadutos de Porto Velho se transformaram em um dos piores pesadelos para quem utiliza diariamente as ruas da cidade.
Com a ordem de serviço assinada pela prefeitura de Porto Velho no dia 17de julho de 2009, a empresa CAMTER, vencedora da licitação, ficou responsável pela construção do complexo de viadutos localizados na área urbana da BR-364 em Porto Velho. O projeto custaria R$ 88.836.935,06 e resolveria grande parte dos problemas de congestionamentos no fluxo de veículos em Porto Velho.
Infiltrações nas colunas de sustentação do viaduto assustam comunidade.
Porém após uma série de erros e impasses jurídicos nas redes elétricas e desapropriações ao entrono da obra, no dia 1 de julho de 2010 a prefeitura de Porto Velho decide emitir um TERMO DE PARALISAÇÂO DE OBRAS, a justificativa seria a de que o DNIT demorou em definir o adequamento das obras paralisadas.
Mas, o fato mais curioso foi quando a prefeitura que já havia realizado vários aditivos para a construção do viaduto, mesmo com a obra paralisada decide da mais um aditivo à empresa CAMTER no valor R$ 10.103.382,25. No final de outubro de 2012 a obra já ultrapassava o valor de R$ 120 milhões de reais. (CONFIRA CRONOLOGIA DOS VIADUTOS AQUI)
CQC e a vergonha nacional
Porém, mesmo com os vários indicativos de algo de errado estava acontecendo, e com o caos que se tornou o trânsito de Porto Velho nas regiões que dão acesso à zona Sul da capital, o prefeito Roberto Sobrinho não esperava o choque de realidade que viria logo no final de seu mandato.
No mês de novembro de 2012 uma equipe do CQC (Custe o Que Custar), programa veiculado na Rede Bandeirantes de Televisão, visitou Porto Velho para questionar o motivo da não conclusão das obras do viaduto construído com investimento do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento do Governo Federal).
Durante a entrevista, acuado e precisando dar uma resposta rápida à comunidade, prometeu terminar o viaduto em dez dias, porém passado o prazo, nada foi entregue a comunidade, e logo depois Roberto Sobrinho foi afastado da prefeitura.
Agora resta a comunidade perecer e colocarem suas vidas em riscos a cada travessia sobre o viaduto feito com mais de R$ 100 milhões do Governo Federal e que foi entregue com duas pistas condenadas e todo o resto com apenas uma pequena questão de tempo para ruir.
Fica a duvida de quantas escolas, creches, melhorias de condições trabalho para os servidores e trabalhos em gerais poderiam ter sido construídas com esse dinheiro.
Pois, Porto Velho é uma cidade que ainda apresenta pontos de miséria e não poderia se dar ao luxo de gastar dinheiro com viadutos, imagina desperdiçar essa quantia em algo que nasceu podre?
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