Segundo o diretor geral do Hospital de Base Ary Pinheiro, Jean Negreiros, foram realizados, somente este mês, 114 atendimentos aos apenados no presídio federal de segurança máxima em Porto Velho. Os atendimentos foram realizados por profissionais médicos especialistas nas áreas de psiquiatria, cardiologia e oftalmologia, como também a realização de exames de eletrocardiograma (ECG), laboratoriais.
Para o atendimento foi montado um consultório de oftalmologia completo no local, além de outros equipamentos para dar maior celeridade aos atendimentos. “Esse mutirão é uma parceria com a Justiça Federal, Ministério Público Federal, Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Defensoria Pública da União e a direção da penitenciária federal oferecendo aos detentos a possibilidade de diagnóstico e tratamento adequado das patologias apresentadas com os procedimentos feitos no local”, diz Negreiros.
Ele explica que o Juiz Federal, Marcelo Meireles Lobão, idealizador do projeto e defensor de uma política de reinserção social para os detentos, declarou que é um fato inédito em todo o sistema penitenciário federal.
O diretor da penitenciária, delegado federal Jones Leite, afirma que o resultado da parceria foi positivo. “Podemos prestar um atendimento especializado a um numero grande de internos, fato que seria totalmente inviável, caso tivéssemos que levá-los à rede pública de saúde externa e além do mais, inexistiram os riscos que há em uma escolta médica, riscos esses que são suportados tanto pelos integrantes da escolta, quanto pela população em geral”, afirma o delegado.
O secretário da Sesau, Gilvan Ramos, falou da importante parceria com a Justiça Federal e outros órgãos para levar ao apenado atendimento especializado de saúde numa ação rápida e segura.