Área invadida gera desencontro sobre a responsabilidade da área

Invasores da área verde, pertencente ao município, localizada na Avenida Prudente de Moraes entre a BR-364 e a Avenida Rio de Janeiro, já demarcaram os respectivos “lotes” e trabalham a todo gás na limpeza do local.

Área invadida gera desencontro sobre a responsabilidade da área

Foto: Divulgação

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Motos de alguns dos invasores do terreno. Onde alguns já estão até delimitando os espaços onde vão construir suas moradias.

Os invasores da área verde, pertencente ao município, localizada na Avenida Prudente de Moraes entre a BR-364 e a Avenida Rio de Janeiro, já demarcaram os respectivos “lotes” e trabalham a todo gás na limpeza do local.
Chama atenção de quem passa o fato de os invasores, que alegam não dispor de condições financeiras para a compra ou financiamento de um lote urbano, mas possuem veículos como carros e motos de valor suficiente para a aquisição de um meio de transporte.
Nas fotos registradas pelo RONDONIAOVIVO na manhã desta sexta-feira é possível ver motos estacionadas à beira da Avenida, enquanto seus donos trabalham incansáveis na retirada do mato que compõe a região.
Outro fato curioso é que, segundo fontes, mesmo alertados por militares do 5º BEC sobre o fato de se tratar de uma área (onde é terminantemente proibido atear fogo), os invasores queimaram boa parte da mata nativa para “acelerar” o processo de desmate.
Ainda durante a presença da equipe do RONDONIAOVIVO no local, um veículo da Secretaria Municipal de Regularização Fundiária (SEMUR) passou pela Avenida Prudente de Moraes com o alerta ligado, em seu interior estavam três pessoas que não desceram e nem abriram os vidros do carro, apenas observaram a movimentação dos invasores.
Em contato com a secretária adjunta da SEMUR, Mônica Carvalho, fomos informados que trata-se de uma área pertencente à União e que a responsabilidade da prefeitura seria apenas a de fiscalização quanto a crimes ambientais.
Fomos, então, em busca da Coordenadora Municipal de Controle Ambiental, Semaira Moret. Ela alegou que o município tem feito um acompanhamento efetivo das atividades desenvolvidas pelos invasores e que até a quinta-feira, 23, nenhum crime ambiental grave havia sido cometido e que justificasse uma intervenção (já que não se trata de mata nativa e sim de uma área em regeneração).
Entretanto, na quinta os posseiros atearam fogo na região o que resultou no acionamento do Batalhão Ambiental da Polícia Militar e também do Corpo que Bombeiros para acabar com os focos de incêndio.
Mesmo com o crime ambiental grave, consumado pelos invasores, ninguém foi autuado ou responsabilizado pelo mesmo. A coordenadora Semaira argumentou que um acordo foi firmado, no sentido de se estabelecer uma comissão formada pela liderança dos posseiros, que se responsabilize pelos danos futuros e garanta que novos crimes ambientais não sejam cometidos.
“Caso os invasores não cumpram com a promessa de cessar as atividades danosas ao meio-ambiente esse grupo de pessoas será responsabilizado. A partir daí entrará em ação o Batalhão de Polícia Ambiental, para aplicar todos os rigores previstos na Lei e com o uso da força policial caso seja necessário”, disse.
Como a área é composta de uma parte da iniciativa privada e a outra da União. Entramos em contato com a Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e fomos atendidos pelo substituto, Marco Aurélio, uma vez que o titular encontra-se fora do Estado, e o mesmo alegou não ter autoridade para falar sobre o assunto.
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