O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, adiantou ontem
As distribuidoras da Eletrobras fecharam 2011 com prejuízo de R$ 931 milhões, ante as perdas de R$ 1,6 bilhão registradas no ano anterior. O resultado, porém, não inclui o desempenho da Eletrobras Distribuição Acre (Ex-Eletroacre), porque, segundo a holding, foram detectadas “inadequações” nos módulos do sistema ERP que atende as áreas de contabilidade e financeira da subsidiária. O resultado da empresa deve ser concluído apenas no segundo semestre de 2012.
O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, adiantou ontem, no Rio de Janeiro, que as distribuidoras teriam resultado melhor que o apurado em 2010. Ele informou também que elas serão rentáveis em 2014. “Estamos num combate forte para melhorar o desempenho dessas empresas”, afirmou.
Das seis distribuidoras controladas pela Eletrobras, apenas a Distribuição Piauí (ex-Cepisa) apurou lucro líquido em 2011, de R$ 42 milhões. Em 2010, a distribuidora contabilizou R$ 91 milhões de prejuízo. Entre as demais empresas, o pior resultado foi o da Amazonas Energia, com prejuízo de R$ 625 milhões, no ano passado. A distribuidora amazonense, no entanto, reduziu as perdas de R$ 1,35 bilhão registradas em 2010.
Já a Distribuição Rondônia reverteu o lucro líquido de R$ 5 milhões, obtido em 2010, para um prejuízo de R$ 139 milhões em 2011. E a Distribuição Roraima (ex-Boa Vista Energia) totalizou prejuízo de R$ 174 milhões em 2011, contra as perdas de R$ 113 milhões observadas em 2010. A Distribuição Alagoas (ex-Ceal) fechou 2011 com prejuízo de R$ 45 milhões, ligeiramente superior ao prejuízo observado em 2010 (R$ 44 milhões).
A PricewaterhouseCoopers, auditora independente das demonstrações financeiras da Eletrobras para o ano de 2011, entregues hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), alertou para os repetitivos prejuízos obtidos pelas distribuidoras do grupo. Segundo a consultoria, as empresas apresentaram excesso de passivos sobre ativos circulantes no total de R$ 1,2 bilhão.
“A continuidade operacional dessas empresas depende da manutenção do suporte financeiro por parte da controladora”, afirmou a PricewaterhouseCoopers, em parecer anexado às demonstrações financeira da companhia.
A consultoria chamou atenção especificamente para o excesso de passivos sobre ativos circulantes, de R$ 1,19 bilhão, da Centrais Elétricas do Pará (Celpa), que está em recuperação judicial. A Eletrobras possui 34,24% do capital social da empresa.