Tanto ao apresentador José Gadelha, do programa Bom Dia Amazônia, quanto ao radialista Solano Ferreira, da rádio CBN, o secretário disse que o diálogo com os dirigentes do Sintero foi produtivo. “O governador Confúcio Moura tem se empenhado nas negociações. Espero que haja acordo e hoje seja o último dia de greve.”
Entre os avanços nas negociações com os dirigentes do Sintero, o secretário explicou que o governo propôs aumento de 40% a todas as gratificações dos servidores da educação; reajuste salarial de 6,5% a partir de abril; readequação do salário dos professores nível I (detentores de curso de nível médio) ao piso nacional de R$ 1.451,18 (aumento de 22,22%), com data retroativa a 1º de janeiro de 2012; compromisso de encaminhar à Assembleia Legislativa o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração até 30 de julho; pagamento de R$ 100 mil mensais de licença prêmio convertida em pecúnia até dezembro de 2012; e ainda o compromisso da Seduc em abonar as faltas dos servidores no período da greve.
“Mais do que foi proposto, o governo não tem como atender. É o limite. 81,9% dos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), também destinado a investimento em infraestrutura das escolas, são gastos com os salários dos educadores. No total, 73% do orçamento da Educação são comprometidos com a folha de pagamento dos servidores”, informou.
No Bom Dia, Amazônia, ao tratar sobre o combate ao desperdício de recursos públicos, Júlio Olivar lembrou que na atual administração a quantidade de CDS (cargos comissionados de livre nomeação) caiu pela metade, e 23 das 36 Representações de Ensino foram extintas. “Também tivemos outras conquistas em 2011, como a redução da carga horária do professor de 40 para 26 horas semanais em sala de aula”, disse.
“Contratamos mais de 500 candidatos aprovados no concurso público de 2010. E ainda temos a necessidade de chamar mais 1.200. Por outro lado, herdamos escolas sucateadas. Em Rolim de Moura, por exemplo, a rede estadual de ensino conta sete escolas. Cinco delas não tem sequer uma cozinha para o preparo da merenda dos alunos”, revelou.
O secretário disse ainda que os salários dos servidores precisam melhorar, mas a lei não permite usar todo o orçamento em folha de pagamento. “Parte dos recursos tem que ser aplicada na construção e reforma de escolas, compra de equipamentos e materiais pedagógicos, entre outras ações de manutenção do ensino”.