Semana passada, menos pela intenção de encontrar culpados oficiais, mas verdadeiramente interessado na superação do problema, chamei à atenção das autoridades responsáveis pela segurança pública para a onda de violência que invadiu a cidade de Porto Velho.
Segunda-feira (25), porém, a polícia militar amanheceu nas ruas da capital, marcando a volta das duplas Cosme e Damião. E não poderia ser diferente. Afinal, lugar de polícia é nas ruas, se possível, em cada quarteirão, com profissionais preparados, devidamente equipados e recebendo salários decentes, garantindo, assim, a segurança da população, como manda a Constituição Federal.
Já passou da hora de se colocar um basta no clima de violência, que não escolhe vítimas nem hora, nem local para ser perpetrada. Ninguém está imune à ação de elementos que, louvados na impunidade reinante, não hesitam em agredir ou tirar a vida de seus semelhantes.
Entretanto, ninguém de bom senso pode acreditar que só a presença da polícia nas ruas não vai resolver o problema da criminalidade, mas, certamente, contribuirá para inibir a ação de muitos facínoras e desocupados. É preciso ir vai além. Afinal, a violência tem muitas caras, que vão desde os aspectos sociais, econômicos, passando pelos campos familiar, educacional, psicológicos e até espiritual.
Uma coisa é certa: é preciso que a segurança da população seja mantida a qualquer preço, até como meio de manterem-se os indivíduos em condições de entregarem-se as atividades produtivas. O contrário é estimular o crescimento dos índices de violência e impedir que as pessoas tenham um pouco de tranqüilidade em seus lares e possam trabalhar em proveito do corpo social.
Curiosamente, durante as campanhas eleitorais para o governo do estado, principalmente, candidatos aparecem com receitas milagrosas para acabar com a violência, prometendo o paraíso à população. E o pior é que muita gente ainda acredita nas baboseiras desses falsos profetas. Uma vez eleitos, esquecem-se das promessas feitas ao povo nas reuniões e nos programas eleitorais e passam a cuidar de seus privilégios pessoais, familiares e de grupos.