Conforme a Polícia Civil, um suspeito foi identificado pelo crime. Dinho era conhecido por fazer denúncias de extração ilegal no Norte.
Foto: Divulgação
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A Secretaria de Segurança Pública de Rondônia divulgou no domingo (30) que foi reforçado o policiamento nas fronteiras com os estados do Acre e Amazonas com o objetivo de prender um suspeito de ter assassinado o líder camponês Adelino Ramos, o Dinho, conhecido por fazer denúncias de extração ilegal de madeira na região Norte do país.
Segundo a Polícia Civil, o crime que continua sendo investigado para apurar eventual participação de outras pessoas. Equipes de Porto Velho foram enviadas para a região onde o crime ocorreu, em Vista Alegre do Abunã, para ajudar nas investigações.
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O secretário de Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa, informou ao G1 que há dois suspeitos identificados e a execução a tiros teria sido encomendada. Informações são de que um dos homens é do Espírito Santo e já foi fichado por outras infrações. As buscas estão sendo feitas na região de Extrema de Rondônia, a 370 quilômetros de Porto Velho.
"Sabe-se que em princípio são dois pelo menos que estavam no local do fato. Um já foi identificado e já estamos no encalço dele. O outro ainda está em processo de identificação", informou Bessa.
Dinho era líder da Associação Camponesa do Amazonas e sobrevivente do massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995 e no qual 13 agricultores foram executados.
A morte de Dinho foi o segundo caso de violência no campo ocorrido na última semana. Na terça-feira (24), foi assassinado a tiros o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna, no Pará.
O crime em Rondônia
Adelino Ramos foi executado com cinco tiros quando estacionava o carro para descarregar verduras produzidas no acampamento em que vivia em Vista Alegre do Abunã, divisa entre Amazonas, Rondônia e Acre. O criminoso chegou a pé, fez os disparos e fugiu correndo pela rua. A mulher e os filhos do camponês estavam com ele, mas não ficaram feridos.
Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos e a Secretaria-Geral da Presidência da República informaram que Ramos tinha recebido ameaças de morte de madeireiros da região por denunciar desmatamentos ilegais nos estados do Acre, do Amazonas e de Rondônia. Conforme o texto, a morte de Ramos provavelmente pode ter sido motivada pela perseguição aos movimentos sociais.
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