A prefeitura de Porto Velho, em parceria com o Serviço de Proteção da Amazônia (Sipam), Universidade Federal de Rondônia (Unir) e Faculdade Faro, continua fazendo o monitoramento das águas dos igarapés que cortam a cidade, os quais formam as Bacias Urbanas. O trabalho coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Sempla) está sob a responsabilidade da arquiteta e urbanista Viviane Rodrigues.
Ela informou que estudos já foram concluídos sobre a delimitação no Igarapé Grande e Santa Bárbara, sendo possível atestar nesses locais os níveis de risco (baixo, médio e alto). Os dados foram coletados a partir da instalação de pluviômetros (equipamentos utilizados para medir a quantidade de chuva) e também por meio do trabalho de campo dos estagiários do curso de engenharia civil da Unir e Faro. Essas informações são coletadas pelo Sipam e o monitoramento das bacias está sob a responsabilidade da Defesa Civil Municipal.
Esses dados servem para a elaboração de mapas de risco, tendo como base o nível das águas nos igarapés. Com isso, é possível determinar as áreas de maior perigo, sujeitas
a enchentes e deslizamentos dentro do perímetro urbano da cidade. Desta forma, o perigo poderá ser constatado com antecedência e as medidas necessárias adotadas.
O projeto de monitoramento prevê a instalação de seis estações pluviométricas, uma na Bacia Santa Bárbara e Igarapé Grande, igarapé do Tancredo Neves, Penal, Canal dos Tanques e Caladinho. De acordo com Viviane Rodrigues, quatro já foram instalados – na Escola Guadalupe (Bacia da Penal), Joaquim Vicente Rondon (Bacia Grande) e SESI, chamado de divisor de águas. Os próximos serão instalados No Colégio Tiradentes e Escola Marcelo Cândia. “Os estagiários estão em campo fazendo a delimitação dos igarapés e mapeando as áreas de maior risco de inundações”, afirmou.
Viviane explica que os mapas são de grande importância para a prefeitura, pois mediante os dados coletados, poderá trabalhar ações com objetivo de evitar ocupações em áreas de inundações, redimensionar passagens de bueiros e obras de drenagem e planejamento e implantação de parque público para lazer, dentre outros. Nessas áreas com risco de inundações serão instaladas placas de alerta para evitar o trânsito de pessoas durante a chuva.
Além disso, os dados do monitoramento servem para nortear programas de educação ambiental nas comunidades e nas escolas, principalmente para que as pessoas não joguem lixos e entulhos nos canais, o que dificulta o escoamento das águas e podem causar inundações. “Estamos preparando cartilhas com diversas orientações sobre educação ambiental para distribuir nas escolas”, declarou Viviane Rodrigues.
Participam do projeto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e Habitação (Semur), Secretaria de Projetos e Obras Especiais (Sempre), Secretaria de Serviços Básicos (Semusb), Secretaria Municipal de Obras (Semob) e Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). Coube ao Sipam elaborar a Matriz de Articulação Institucional (MAI), que permite o acompanhamento das atividades de cada órgão envolvido no projeto. O documento foi aprovado em 22 de janeiro de 2010, quando foram iniciadas as ações do projeto de monitoramento das bacias urbanas.