O sistema público de saúde, no Brasil, não está um caos. Simplesmente faliu, escafedeu-se, foi para as calendas gregas. Em Rondônia, a situação é desesperadora. O próprio diretor do hospital João Paulo II admitiu isso, durante entrevista a uma emissora de televisão da capital. O pior é que o senhor Rony Peterson de lIma Rudeck está no cargo há vários anos e, nesse período, nada fez para, pelo menos, minimizar o sofrimento da população.
Convenhamos, diretor, mas assim já é demais. Desculpadas esfarrapadas não resolvem o problema. Rony já deveria ter colocado na entrada do JP, a frase de Dante Alighieri, escrita no portal do inferno, em a Divina Comédia: “Deixai toda a esperança, ó vós que entrais!”
O Ministério Público Estadual também reconhece o problema. Aliás, em visita anterior àquela unidade de saúde, o representante do MP afirmou que não havia lugar no chão para pisar, porque o piso estava tomado por doentes.
Pergunta-se: de lá para cá, porém, mudou alguma coisa? Alguém foi para a cadeira ou sequer responsabilizado judicialmente? Pois é, como diz a letra da música “companheiro”, de Marcelo Barra, Naire e Tibércio Gaspar, nada muda se você não mudar.
No JP falta tudo, desde leito para atender a demanda, passando por médicos e medicamentos até a água para os pacientes escovarem os dentes. E o que dizer dos salários pagos aos profissionais que prestam serviços naquela unidade. Uma lástima! Imagino quão difícil não deve ser trabalhar num ambiente assim, sem as mínimas condições.
O governador eleito é medico e dono de hospital. Durante a campanha, Confúcio Moura afirmou que tinha a receita correta para resolver os problemas da saúde. Vamos esperar para ver o que ele fará, a partir de 1º de janeiro, para melhorar o atendimento à população.
A sirene de alerta está pedido passagem para levar o paciente, ou seja, o setor de saúde do estado de Rondônia, para um tratamento de choque, na UTI da competência, da seriedade, da responsabilidade e, acima de tudo, do respeito e da solidariedade humana, para com a vida de pessoas carentes, que vêem os seus sagrados direitos sendo constantemente vilipendiados.