Dilma Rousseff: uma ex-guerrilheira chega ao poder - Por Professor Nazareno

Dilma Rousseff: uma ex-guerrilheira chega ao poder

Dilma Rousseff: uma ex-guerrilheira chega ao poder - Por Professor Nazareno

Foto: Divulgação

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Dilma Vana Rousseff, ou Vanda, ou Estela, ou Luiza ou Patrícia ou qualquer outro codinome que tinha quando participava da VAR-Palmares, COLINA ou outra agremiação de esquerda que lutou contra a infame Ditadura Militar, será a primeira mulher a assumir, sem golpes, a Presidência do Brasil, uma das maiores economias do mundo com o quinto maior mercado consumidor e seguramente a nação mais importante do Hemisfério Sul. Todos esperam que o antigo projeto do PT, Partido dos Trabalhadores, de combater a miséria, atacar a desigualdade social e dar mais dignidade aos pobres tenha continuidade. A elite governou este país com poderes absolutos por longos quinhentos e dois anos, oito meses e nove dias enquanto a esquerda só governou oito anos que agora terão continuidade, e sempre com eleições livres.
 
E não há o que reclamar. Todas as regras do jogo foram obedecidas e pelo que tudo indica não haverá desta vez a famosa virada de mesa. A vitória não é só da Dilma, do Presidente Lula e dos militantes do PT, a vitória é da democracia e de todo o povo brasileiro, até dos que votaram no candidato da oposição, José Serra. Apesar da euforia, não foi fácil. O país sai das urnas dividido. A mídia, capitaneada pela revista Veja, pelos grandes jornais como O Estado de São Paulo e pela Rede Globo jogaram sujo e tentaram mudar o rumo das eleições. Internautas baixaram o nível da campanha e lançaram calúnias, infâmias e difamações contra a candidata petista. De nada adiantou. Até Deus foi usado. "Nem Deus impede a minha vitória", atribuíram esta mentirosa frase a ela. Ou Ele falhou ou era mentira. Claro que só existiu a segunda hipótese.
 
Mas para os mais desavisados é bom que se diga que a eleição da Dilma não pode representar a panacéia milagreira que vai fazer jorrar mel e leite das ruas. Num mundo neoliberal e globalizado, a presença de um estado paternalista em vez de patrão está cada vez mais ultrapassada. As inúmeras "bolsas-misérias" dadas pelo Estado apenas para angariar votos e produzir as altas popularidades não podem continuar. Não se pode mais dar o peixe ao brasileiro pobre. Chegou a vez de ensiná-lo a pescar. Mesmo por que não se sabe até quando esse Estado vai matar a fome de uma multidão de miseráveis e famintos transformados em preguiçosos. E isso só acontecerá quando houver de fato investimentos maciços e sérios numa educação de qualidade e inclusiva, quando o saber for incentivado e a competência for valorizada.
 
Já em Rondônia, poucos candidatos perderam nestas eleições. Eduardo Valverde do PT e Expedito Júnior do PSDB foram derrotados fragorosamente no primeiro turno e não passaram no teste das urnas. Embora rejeitados pela vontade popular, menos de um mês depois, emergem como vitoriosos no segundo turno, abrigados que foram no guarda-chuva multicolorido e bizarro do vitorioso Confúcio Moura. E Cahulla não significou necessariamente a derrota de Cassol já que o ex-governador recebera anteriormente do povo um mandato de oito anos para ser senador pelo Estado. Quem perdeu mesmo foi o povo que comprou brigas e acreditou que haveria mudanças significativas. "Mudou tudo, mas para ficar do mesmo jeito". São coisas da política brasileira sem partidos e ideologia. Dilma lá e Confúcio aqui. E se der certo esta dobradinha?
 
O momento agora em Rondônia e no Brasil é só de euforia. A democracia venceu e a eleição da Dilma e do Confúcio significou apenas isto mesmo: uma eleição. Como nas principais democracias do mundo, votar é apenas um ato rotineiro sem maiores delongas sobre o perfil de quem ganhou ou perdeu. Sua Excelência Dilma Vana Rousseff tem agora, na pior das hipóteses, quatro anos para dizer a que veio. Embora seja um tempo bem menor do que os mais de quinhentos anos de mando da elite, as regras do jogo, aceitas por todos numa democracia devem ser respeitadas. Em Rondônia e no restante do país. E se em 2014 a nação estiver frustrada de ter conduzido uma ex-guerrilheira ao poder maior do país, o caminho a ser seguido deve ser o de sempre: as urnas. Só através do voto livre de todos é que se impõem mudanças. E que Deus ilumine não só a Dilma e o Confúcio, mas todos os que foram eleitos para que coloquem este país e o nosso Estado nos seus verdadeiros trilhos. Estamos precisando mesmo.
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