O candidato ao Senado Ivo Cassol foi o entrevistado deste domingo (29) no programa Via Sat, na TV Record News, em rede estadual para praticamente todo estado de Rondônia, aproveitando o espaço concedido para apresentar suas propostas aos eleitores. Meio a
Foto: Divulgação
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O candidato ao Senado Ivo Cassol foi o entrevistado deste domingo (29) no programa Via Sat, na TV Record News, em rede estadual para praticamente todo estado de Rondônia, aproveitando o espaço concedido para apresentar suas propostas aos eleitores. Meio ambiente, reforma política, Mercosul, reforma tributária, Amazônia, Rondônia no contexto do Brasil e perguntas dos telespectadores foram os temas propostos pela produção do programa e respondidos de forma franca e aberta pelo candidato ao longo da entrevista. Comandado pelos jornalistas Sérgio Pires e Sângela Oliveira, Cassol iniciou a entrevista falando da reforma política. Atualmente existem 42 partidos disputando as eleições, o que na visão de Cassol acaba pulverizando os candidatos, que possuem propostas semelhantes e se distribuem nos mais variados partidos, e atrapalhando o eleitor, causando uma grande confusão para escolher em quem votar.
“Essa sopa de letrinhas tem que acabar, do jeito que está qualquer um pode fundar um partido e tentar obter vantagens pessoais, sendo que não é esta a finalidade da existência de uma sigla”, disse. Respondendo sobre as condenações que recebeu no T.R.E. de Rondônia e posterior absolvição nos Tribunais superiores, Cassol lamentou a maneira que o judiciário local julga seus projetos, de forma política e não de forma técnica. “Não adianta, toda vez que eu for julgado aqui eu vou perder e terei que provar minha inocência em instâncias superiores, tem sido sempre assim”, afirmou. A situação da Amazônia foi outro tema debatido no programa. Cassol afirmou que pretende apresentar um projeto no Senado criando o ICMS verde, favorecendo os estados da Amazônia que produzem matéria prima para industrialização e consumo em outras regiões. Outra proposta de Cassol será alterar a legislação tributária cobrando parte do ICMS sobre o consumo de energia elétrica no estado produtor e não apenas nos estados consumidores, como acontece hoje. “Não é justo, após a construção das usinas do Madeira só vai sobrar desemprego para Rondônia, precisamos mudar a legislação para que os estados produtores também recebam uma parte da arrecadação e não apenas os estados consumidores”, propôs o candidato. Da mesma forma Cassol opinou sobre a reconstrução da BR-319, ligando Porto Velho a Manaus, de forma a baratear o comércio entre a Zona Franca e o restante do país. “Há 30 anos atrás eu saia de caminhão de Porto Velho de manhã e entregava banana em Manaus à tarde. Hoje isso é praticamente impossível, a legislação ambiental precisa mudar sem destruir a floresta”, disse Cassol.
A grande faixa de fronteira internacional do estado de Rondônia é uma das preocupações do futuro senador Ivo Cassol. “Todo mundo sabe que pelas nossas fronteiras passa uma boa parte da droga comercializada e das armas utilizadas pelos traficantes e não se vê uma ação contundente do Governo Federal no sentido de coibir as ações ilícitas do tráfico. “As Forças Armadas precisam ser mais atuantes na faixa de fronteira combatendo o tráfico”, disse Cassol, completando ser favorável a entrada da Venezuela no Mercosul para que aumente o intercâmbio comercial entre o Brasil e os demais países.
A Reforma Tributária foi um dos principais pontos apontados por Cassol como prioritária caso seja eleito para o Senado. “Além do repasse dos royalties da produção de energia para os estados produtores temos que ser compensados sobre a cobrança do ICMS sobra a fatura da energia elétrica. Só de receita sobre a interligação do linhão ocorrida este ano estamos perdendo cerca de R$ 200 milhões. Além disso, da maneira que funciona hoje Rondônia receberia cerca de R$ 50 milhões por ano; com a mudança da legislação Rondônia receberia R$ 500 milhões para investir em infra-estrutura para continuar crescendo como nos últimos anos”, disse. Cassol pretende propor incentivos fiscais para a industrialização de produtos da Amazônia, dando como exemplo a industrialização do couro e do látex.
Na forma de compensação ambiental o Governo Federal poderia reduzir a cobrança de ICMS sobre estes produtos para criar um Imposto Verde para criar, por exemplo, o calçado da Amazônia, e o que for arrecadado seja investido apenas na região Amazônica. “Aqui em Rondônia é crime conceder incentivos fiscais mas em São Paulo, Minas e nos outros estados do sul é normal, isso tem que acabar”, afirmou. Defendendo o fim das diferenças políticas para que se trabalhe em favor da população, Cassol citou o próprio exemplo, dizendo que no seu primeiro mandato teve apenas três deputados ao seu lado na Assembléia, e que nunca teve uma bancada federal forte que batesse na mesa para defender os interesses do estado. “Pode ter certeza que comigo no Senado vai ser diferente, o Cahulla vai governar Rondônia e vai ter um senador que não vai se calar em Brasília, pode ter certeza disso”.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!