O problema da falta de segurança nas casas lotéricas de Rondônia poderia ter sido resolvido na manhã desta sexta-feira (16/4), em uma reunião realizada com os representantes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado de Rondônia (SEEB/RO) e executivos da Caixa Econômica Federal, na Superintendência do Banco, no Centro de Porto Velho. No entanto, novamente a questão não chegou a lugar algum porque, aqueles que seriam os maiores beneficiados com a segurança - os donos das casas lotéricas - não se fizeram presentes por meio de seus representantes sindicais.
É o que explicou o presidente do SEEB, Cleiton dos Santos, confirmando que esta seria - desde o julgamento suspenso pela Justiça Trabalhista de Rondônia - a primeira das reuniões orientadas pelo juiz Afrânio Viana Gonçalves, da 3ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho 14ª Região, objetivando uma solução para o problema.
“Segundo informações, a decisão de não seguir a orientação da Justiça, em buscar uma solução através da negociação, e assim evitar o julgamento, foi tomada pela entidade que representa os donos das lotéricas, por justificar que o processo que corre na Justiça não é contra eles, e sim contra a Caixa. Logo, acham que não tem nada a ver com o caso. No entanto, embora não configurem como parte da inicial, eles são, de uma forma ou de outra, os maiores interessados em solucionar o problema, já que respondem pelo o número considerável de atendimento direto aos clientes e usuários”, disse o sindicalista.
“Estranhamente eles se recusam a tratar de assuntos que os afetam diretamente. Portanto, consideramos que esta se mostra uma condição de comodidade por parte dos donos das lotéricas, até porque se houver segurança nas suas unidades, esta segurança beneficia a eles mesmos”, dispara Cleiton.
A reunião contou com a presença dos diretores Cleiton dos Santos, José Toscano e José Tavares (SEEB), além do Gerente de Relacionamentos e Canais da CEF, Roger Eduardo da Silva Rodrigues e outros executivos da Caixa.
Outra ação
Os executivos da CEF, na reunião, apresentaram aos sindicalistas bancários documentos que comprovam a existência de uma outra ação que trata do mesmo assunto, impetrada junto à Justiça Federal depois de uma representação também do SEEB feito no MPF e que se mostra ainda mais abrangente e rigorosa. Por esse motivo, a Caixa sugeriu ao SEEB que a inicial do ano de 2001 seja colocada de lado e que esta outra seja tomada como ‘mecanismo’ de combate ao problema.
“Estamos dispostos a encontrar uma solução que atenda aos trabalhadores bem como a população que se utiliza desse canal de atendimento, portanto vamos continuar lutanto para que esses trabalhadores e trabalhadoras tenham condições dignas de trabalho”, finalisa Cleiton dos Santos, presidente do sindicato-SEEB.