Descaso – Mesmo com parceria do Ministério dos Esportes, crianças jogam futebol com garrafa pet em colégio do município

Criado em setembro de 2009, esse projeto injeta dinheiro federal em entidades que realizam parcerias através de convênios feitos inicialmente no próprio site do Ministério dos Esportes...

Descaso – Mesmo com parceria do Ministério dos Esportes, crianças jogam futebol com garrafa pet em colégio do município

Foto: Divulgação

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Aproximar o jovem da sua comunidade e difundir a cultura do esporte dentro do seu meio social para manter esse cidadão protegido das situações de risco. Essa é a idéia principal de um projeto do Ministério dos Esportes, denominado, Segundo Tempo.
 
Criado em setembro de 2009, esse projeto injeta dinheiro federal em entidades que realizam parcerias através de convênios feitos inicialmente no próprio site do Ministério dos Esportes.
 
Como o próprio nome já diz o Projeto Segundo Tempo, busca manter o aluno dentro da escola mesmo após o horario normal de aula. Depois de realizada a licitação e aprovada a parceria, o ministério envia recursos para ajudar no custo para o pagamento de funcionários, monitores e equipamentos esportivos. Fora o lado do esporte, o projeto também engloba questões como seminários e trabalhos ambientais e sociais.
 
Uma atitude realmente incrível e bem intencionada do Governo Federal, e que seria de grande valia para Porto Velho, cidade que vem sofrendo com a falta de gerenciamento e um total esquecimento da comunidade mais pobre. Porém, não é bem assim que as coisas funcionam na capital de Rondônia. Em pesquisa realizada no próprio site do Ministério dos Esportes, localizamos uma parceria ativa do Projeto Segundo Tempo firmado com a prefeitura de Porto Velho, no total são oito instituições de ensino municipais espalhadas por toda a cidade, entre elas a escola Engenheiro Francisco Erse, conhecida por muitos como colégio “Padrão”, localizada na Avenida Amazonas, bairro Cuniã, zona Leste de Porto Velho.
 
Ao chegar na escola rapidamente a equipe de reportagem do RONDONIAOVIVO.COM conseguiu localizar as placas que indicavam a parceria com o projeto Segundo Tempo, que estavam exposta em frente a uma das avenidas mais movimentadas da capital.
 
A escola já é bastante conhecida pela população de Porto Velho como um “Elefante Branco”, uma instituição de ensino de dimensões e estrutura européia, porém com uma administração tipicamente “Brasiliana”. Além de uma quadra poliesportiva, ela ainda possui um centro aquático com uma piscina olímpica e outra quadra na área aberta da escola.
 
Porém ao conversar com vizinhos tivemos a informação de que a comunidade jamais mergulhou nas águas dessa piscina, o local fica inviolável para as pessoas que moram ao redor.
 
“A piscina está sendo tratada, sempre damos uma olhada e vemos que ela está limpa, porém não sabemos sequer qual o procedimento para entrar nela”, afirmou Francisco Alves da Costa, morador do bairro Cuniã.
 
O ginásio poliesportivo apresenta algumas condições de uso, porém passa longe de um ambiente que abrigue um projeto que visa 
atrair a criança para o ambiente escolar fora do horário de aula, o fato curioso é que na entrada do ginásio pode-se avistar uma placa assinada pelo prefeito Roberto Sobrinho, que informava que ali havia sido realizada uma obra no ano de 2008.
 
Porém, nada disso é mais estarrecedor do que a cena vista na quadra do colégio, ao lado da placa do projeto Segundo Tempo, crianças jogavam futebol com uma garrafa pet. A cena se torna lastimável pelo fato dessas crianças estarem dentro de um ambiente que justamente está ativo para fornecer instrutores, equipamentos e condições mínimas de uma prática esportiva digna e que estimule os jovens a ficarem na escola.
 
Não foi difícil o acesso da equipe de reportagem no interior da escola, pois no local não havia sequer uma pessoa monitorando as crianças, fato que não poderia causar muita estranheza de uma partida de futebol onde não tem nem uma bola de meia, apenas uma pet.
 
As crianças brincam no local com uma alegria típica da idade, sem perceber a forma como estão sendo tratadas por aqueles que deviam cuidar e zelar pela dignidade dessas pequenas pessoas que futuramente formarão a nova leva de eleitores de nosso país.

Confira Fotos:

 

 

 

 

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