Condomínios que deveriam abrigar comunidade pobre da capital estão abandonadas e invioláveis pela Prefeitura – Confira fotos

Há exatamente onze meses um grupo de pessoas que morava em condições precárias ou que sequer tinha casa para morar se cansou de esperar o término da obra que nessa época já estava parada há um ano e meio e resolveu entrar nas residências que estavam levan

Condomínios que deveriam abrigar comunidade pobre da capital estão abandonadas e invioláveis pela Prefeitura – Confira fotos

Foto: Divulgação

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A questão habitacional de Porto Velho vem se tornando a cada dia que passa um problema social latente aos olhos de todos que moram na capital. A cada chuva que cai na cidade barracos são arrastados, famílias vivem em ginásios públicos após sofrerem mandado de reintegração de posse e pessoas arriscam suas vidas morando nos locais mais insalubres possíveis.
 
Porém o que seria um alívio para essas pessoas e, principalmente uma grande melhora no que se diz respeito a qualidade de vida e urbanização da cidade, acabou se tornando um grande “Elefante Branco” nas mãos da população portovelhense.
 
Condomínios Cuniã I e II
 
Com o nome de “Intervenção em Favelas”, o programa realizado com investimentos do Governo Federal através do Ministério das Cidades e gerido pela Prefeitura Municipal de Porto Velho através da SEMOB e SEMUR tem como objetivo melhorar a urbanização e dar apoio a assentamentos precários da cidade. Através desse projeto seriam construídos dois condomínios, o Cuniã I e o Cuniã II. Os dois empreendimentos, com um investimento total de R$ 11.694.737,50 (onze milhões, seiscentos e noventa e quatro mil, setecentos e trinta e sete reais e cinqüenta centavos), seriam partes integrantes de um projeto histórico para o trabalho de urbanização e moradia em Porto Velho.
 
Tudo isso seria muito bom, porém um total de 368 famílias cadastradas seriam beneficiadas para receber os apartamentos e esperam ainda pela finalização da obra. Na placa estampada na entrada do local é possível conferir o prazo de 180 dias, porém dentro do canteiro de obras a situação presenciada mostra bem como está o andamento da construção, totalmente paralisada, esquecida e abandonada.
 
O mato no local toma conta de todo o extenso terreno, a chuva e o sol vão deteriorando o que já foi construído, dentro dos apartamentos levantados poças de água se transformam em criadouros vivos da Dengue e as estruturas dos prédios levantadas pela metade são exemplos do comprometimento dos gestores municipais em solucionar o problema habitacional na capital de Rondônia.
 
Residencial Veredas I, II e III
 
Outra situação que mostra uma discrepância na forma como é trabalhada a questão habitacional em Porto Velho está na construção do Residencial Veredas, localizada no bairro Tiradentes, zona Leste de Porto Velho, onde um total de 100 residências começaram a ser construídas dentro do mesmo programa de urbanização e assentamentos precários. Nessa obra o total investido foi de R$ 1.675.370,00 (um milhão, seiscentos e setenta e cinco mil, trezentos e setenta reais), também nesse caso a verba foi disponibilizada pelo Ministério das Cidades e com uma contrapartida da Prefeitura de Porto Velho, a obra também tinha prazo de conclusão de 180 dias, porém está parada há mais de dois anos.
 
Há exatamente onze meses um grupo de pessoas que morava em condições precárias ou que sequer tinha casa para morar se cansou de esperar o término da obra que nessa época já estava parada há um ano e meio e resolveu entrar nas residências que estavam levantadas pela metade. Os moradores entraram nas residências e resolveram eles próprios terminarem as casas, construíram os banheiros, colocaram as janelas, as portas e todos os acabamentos necessários.
 
Mas isso não agradou os órgãos competentes da Prefeitura que em vez de entrarem em acordo com os moradores resolveram entrar com uma ação de reintegração de posse e ao retomar as casas destruíram tudo que os moradores haviam construídos, além de colocar as famílias em um ginásio poliesportivo do município e não dar nenhuma perspectiva a esses cidadãos.
 
Segundo moradores vizinhos das famílias que foram desabrigadas, antes da tomada das casas, as habitações ficaram um ano e meio paralisadas e passaram a ser abrigo de ladrões, estupradores, traficantes e degenerados de todas as espécies.
 
“Preferem tirar pais de famílias e mulheres grávidas do local para deixarem bandidos tomando conta de tudo?”, questionava uma moradora.
 
A Conta
 
No final de tudo apenas nessa obras, a reportagem do RONDONIAOVIVO.COM calculou um total de R$ 13.370.107,50 (treze milhões, trezentos e setenta mil, cento e sete reais e cinqüenta centavos) utilizadas em projetos habitacionais que beneficiariam um total de 468 famílias, porém a situação encontrada foi totalmente diferente. Depredação do patrimônio público, desperdício de verba federal e falta de consenso com a comunidade.
 
Quem paga a conta de tanto dinheiro investido em obras que estão paradas há tanto tempo? E as comunidades que vivem em condições precárias e todo ano em período de chuva têm que ver suas casas serem tomadas pela água, seus filhos infectados com dengue e suas ruas cheias de lama? Quando irão poder se ver beneficiada por tanto dinheiro público investido em obras paralisadas?
 

O jornal RONDONIAOVIVO.COM abre espaço para os órgãos públicos competentes responderem à comunidade portovelhense as indagações sobre as moradias e obras paralizadas. A reportagem tentou entrar em contato com a SEMUR (Secretaria Municipal de Regularização Fundiária), mas não foi possível obter nenhuma informação a respeito.

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