Cooperativismo é alternativa na crise

Da Redação

03 de Julho de 2009 às 09:31

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Foto: Divulgação

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Cooperados encontram no sistema uma alternativa de trabalho que proporciona “driblar” a crise financeira

Em tempos de crise financeira não faltam especulações sobre o impacto na economia local. A falência de empreendimentos sólidos alarmou muita gente e fez com que a sociedade passasse a buscar alternativas para driblar o momento de instabilidade.

E uma das maneiras encontradas por muitos foi o ingresso no sistema cooperativista que tem registrado crescimento, mesmo na atual conjuntura. Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o faturamento das cooperativas alcançou cerca de R$ 86 bilhões em 2008, o que corresponde a um crescimento próximo de 15% sobre os R$ 72 bilhões registrado em 2007.

O sistema que tem como princípio a reunião de pessoas é tão forte no mundo que tem até data comemorativa. Há 86 anos, a Aliança Cooperativa Internacional lançou o “Dia Mundial do Cooperativismo”, comemorado a cada primeiro sábado de julho.

Atualmente 7,8 milhões de pessoas são associadas a mais de 7,6 mil cooperativas. Entre 2002 e 2008, foi registrado um crescimento de 162% no número de associados. A evolução dos números reflete o potencial de crescimento do cooperativismo no País, que hoje emprega 254 mil pessoas e responde por 1,5% do Sistema Financeiro Nacional.

Em Ji-Paraná, na área da saúde, por exemplo, o cooperativismo de trabalho médico, representado pela Unimed, completou 14 anos gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento do município. Hoje, integram a Unimed Ji-Paraná 125 médicos cooperados, mais de 10 mil clientes e quase 100 colaboradores.

O médico pediatra Gilberto Domingues é um exemplo de profissional que buscou no cooperativismo forças para alavancar empreendimentos. “Fazer parte de um grupo fortalece a classe e possibilita a busca de melhores condições de trabalho”. Fundador e atual diretor presidente da Unimed Ji-Paraná, ele já fez parte do Conselho de Administração da Unicred Cooperativa de Crédito Diretor, foi presidente da Cooperativa de Criadores de Avestruz e da Elo Cooperativa de Consumo. “É nas dificuldades que aparecem os principais pilares da cooperação: ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade”, afirma.

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