O cuidado com a preservação ambiental, um dos principais enfoques do projeto do Brasil para ser sede da Copa do Mundo de 2014, batizada extra-oficialmente de Copa da Ecologia, também é destaque na proposta de Campo Grande para convencer a FIFA e ser escolhida para receber jogos da competição mundial.
No caderno de intenções de Campo Grande, um estudo elaborado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que coordena o monitoramento de queimadas por satélite, é exibido com orgulho pelo Comitê Pró-Campo Grande 2014.
O estudo mostra o Estado de Mato Grosso do Sul em último lugar no número de focos de queimadas. O líder é o Estado de Mato Grosso, seguido pelo Pará, depois Maranhão, Amazonas, Bahia e Rondônia, como os principais estados em ocorrências intencionais e não-intencionais de queimadas.
Na avaliação do coordenador da campanha Pró-Campo Grande 2014, o publicitário Chico Santa Rita, os dados do INPE mostram a preocupação de Mato Grosso do Sul com a preservação do meio-ambiente, fato que, segundo ele, combina com a denominação do evento de 2014 como Copa da Ecologia.
“Em Campo Grande teremos uma Copa Verde, a Copa do Pantanal, afirmou o governador André Puccinelli ao ressaltar o fato de Mato Grossodo Sul ter 65% da área do Pantanal.
Os números do INPE
Entre os estados líderes em queimadas e desmatamentos estão três capitais que concorrem com Campo Grande na corrida pela escolha da FIFA: Cuiabá, Manaus e Belém do Pará.
Ainda de acordo com o INPE, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2009 a quantidade de focos de queimadas nos estados da Amazônia Legal teve aumento de cerca de 20%. Foram 582 focos nos dois meses de 2009 contra 480 focos em janeiro e fevereiro em 2008.
Este ano, Mato Grosso teve 225 focos de queimadas, um número bem superior se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 37 focos, e é o estado que mais apresentou focos neste ano. O segundo da lista é o Maranhão, com 146 focos, e depois vem o Pará, com 107.
O INPE aponta Mato Grosso e Roraima como os estados com maior índice de destruição de florestas, e destaca que Mato Grosso, Pará e Rondônia compõem a tríade da devastação.