Crianças da Vila Princesa recebem orientações sobre violência sexual

Crianças da Vila Princesa recebem orientações sobre violência sexual

Crianças da Vila Princesa recebem orientações sobre violência sexual

Foto: Divulgação

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Estudantes do ensino fundamental da escola João Afro Vieira, na Vila Princesa, receberam orientações sobre violência sexual e doméstica, em palestras ministradas por técnicos do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Maria dos Anjos, nos dias 18 e 26 de novembro.
No total, cerca de 90 crianças entre 7 e 13 anos, estudantes do primeiro ao quarto ano, ouviram as orientações da assistente social Maria de Fátima Ramalho, que explicou para as crianças o que é violência sexual e aos professores, a importância da denúncia. “Temos que cumprir nossa obrigação enquanto cidadão, mesmo que seja através de denúncia anônima. Não precisa ter certeza da violência sexual, porque esse é papel da justiça, mas precisamos informá-la e tirar a criança ou o adolescente do sofrimento, senão estamos sendo coniventes”, explicou.
Para a professora Flaviana Sales do Nascimento, as palestras contribuíram para esclarecer um receio da maioria dos professores: sair do âmbito da sala de aula para a vida pessoal do aluno. “Sempre ficamos temerosos em lidar com essas situações, até porque a criança não se abre, mas aprendemos algumas dicas”, disse.
Flaviana explicou que na escola foi detectado, recentemente, um caso de abuso sexual e que através da conversa dos professores com a criança, o padrasto da menina pôde ser informado e interviu contra o agressor. “O abusador foi embora da vila e nunca mais voltou. Era um absurdo, ele estava comprando a confiança com presentes e tinha prometido uma bicicleta, mas o pior de tudo foi tentar convencer a criança que o abuso sexual é normal”, completou Flaviana.
Com o resultado da palestra, ficou entendido que o Centro de Defesa fará novos encontros com a comunidade, desta vez com os pais. “Achei muito interessante porque em sala de aula aplicamos alguns conceitos, mas quando a criança chega à casa a realidade é diferente, por isso essa ação do CDCA serve como um reforço”, afirmou a professora Maria dos Santos Alves da Silva.
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