A morte de mais um adolescente ocorrido na noite desta terça-feira, 11, nas dependências da Casa do Adolescente, em Porto Velho, deixou em estado de alerta os profissionais que atuam na área da infância e da juventude, que pretendem mobilizar e articular todos os segmentos sociais para reagir contra as barbaridades registradas dentro da Unidade de Internação, porque entendem que não garante a segurança e a integridade física daqueles jovens que foram encaminhados pela justiça para cumprimento de medida sócio-educativa.
O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Maria dos Anjos (CDCA) através de sua articulação nacional irá pautar essa situação junto as autoridades estaduais e federais para pedir providências urgentes do governo do Estado sobre o caos instalado naquela unidade.
Os parlamentares podem aprovar, de maneira urgente, projetos que possam oferecer melhorias na unidade de internação. “Temos que chamar a atenção para a falta de técnicos, a super-lotação e até mesmo a segurança, que está faltando”, alerta a assistente social Denise Campos, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente.
Mortes
Só este mês, dois adolescentes já foram executados na unidade sócio educativa e os profissionais temem novos confrontos e mortes entre os infantes.
A preocupação está embasada no fato de os adolescentes que estão sendo assassinados serem sempre os novatos e sobre promessas de mais execuções.
“Não podemos ficar apenas lamentando a morte precoce desses jovens, é preciso reagir contra esse regime de pena de morte sócio-educativa. Temos que exigir dos órgãos responsáveis a segurança e a integridade física dos adolescentes que lá estão sob a responsabilidade do estado” relata Denise Campos.
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