Durante assembléia realizada na manhã desta terça-feira(11), entre os conselheiros da Universidade Federal de Rondônia (Unir) que fazem parte do Consun (Conselho Superior da Universidade), estudantes de vários cursos da Unir, conseguiram por meio de pressão, impedir a realização da reunião que iria discutir a proposta adesão ao Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federal) pela Unir.
Vários estudantes subiram no palco e começaram a atrapalhar a reunião. Diante da manifestação, os conselheiros acharam melhor suspender o encontro.
Após a suspensão, os estudantes iniciaram uma Assembléia Geral, para definir se continuam ou não a invasão ao prédio. Entre tantas reivindicação, os estudantes se colocam contra a adesão da Unir ao programa do Reuni (
Clique aqui e veja a pauta de reivindicação ) e exigem que o Consun aceite os membros estudantis indicados pela comissão, através de um “ad referendum”, vez que os conselheiros do Diretório Central Estudantil (DCE) já estão com seus mandatos vencidos.
O DCE tem direito a seis cadeiras no Consun, porém as eleições para nova composição do Diretório aconteceram a pouco mais de 20 dias, ainda não houve tempo hábil dos estudantes elegerem seus representantes nos conselhos.
Como as reuniões para elaboração e discussão do projeto do Reuni aconteceram sem a participação e a votação de membros estudantis, estes pretendem lutar para evitar que os encontros aconteçam e que a Unir acabe aderindo ao programa, considerado pelos ocupantes como um escolão de 3º grau, deixando de lado a qualidade do ensino, a qualificação dos professores e a expansão do Campus.
Reuni garante qualidade
O reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Januário Amaral, não concorda com as reivindicações dos integrantes do movimento e garantiu que irá discutir amplamente o programa do Reuni, tanto com os estudantes como a sociedade em geral.
“ A melhorias da Unir beneficiam diretamente a sociedade, e esta deve participar ativamente desta discussão. Não pretendemos aderir ao Reuni sem que haja um pleno conhecimento desse programa”, garantiu Amaral.
Segundo o reitor, o programa existe para propor melhorias de gestão, atitudes, ações e novos caminhos para a universidade federal, entre elas está uma autonomia maior a universidade, que poderá contratar professores para efetivar seu quadro, cobrar as responsabilidades dos professores e alunos, e autonomia na gestão de recursos e a criação de novos cursos.
Para Amaral, os estudantes não estão a par da íntegra do programa, por isso estão propondo este movimento.
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